Poucos duvidam que o Mercedes-Benz Classe G é o rei dos SUV, mas a sua coroa pode ser ameaçada por um modelo muito especial. Não, não se trata de um Jeep, Land Rover ou Toyota. É um 4×4 chinês, o Wey Tank 300.
Na verdade este jipe tem vários argumentos para se sair muito bem no terreno. Mas é inegável que o seu design tem claros traços de Ford Bronco ou Suzuki Jimny Pro. Já se conhece a propensão dos chineses para o plágio.
Este veículo tem 4,72 metros de comprimento, 1,93 metros de largura e 1,92 metros de altura, com uma distância entre eixos de 2,75 metros. É, portanto, um pouco mais pequeno do que o Classe G (4,82 x 1,93 x 1,97 m).
Em termos técnicos, o Tank 300 acrescenta a tração integral com uma caixa de redutoras e, sim, três diferenciais todos bloqueáveis, uma qualidade pela qual o 4WD alemão é famoso e que o veículo chinês reproduz.
Se olharmos para o habitáculo, não há dúvida de que a inspiração vem do próprio Classe G. Basta olhar para o ecrã panorâmico, no qual estão integrados a instrumentação digital e o monitor do sistema multimédia. Da mesma forma, as saídas de ar com design de turbina são inspiradas em vários Mercedes-Benz.
O SUV chinês é alimentado por um motor a gasolina com turbocompressor. Trata-se de um bloco de 2 litros e quatro cilindros que debita 230 CV, associado a uma caixa automática de oito velocidades. Assim, o condutor só tem de utilizar o acelerador e os travões para ultrapassar os obstáculos fora de estrada.
Não faltam programas de condução, nove no total, alguns específicos para melhorar o comportamento do veículo em fora de estrada. E no que diz respeito a equipamento extra, o carro pode ser configurado com bancos aquecidos ou um teto panorâmico.
De série, o preço no seu país é de origem é de 175.800 yuan, ou seja, 22.500 euros à taxa de câmbio. Uma ninharia na nossa perspetiva europeia. Não sabemos se o Wey Tank 300 vai chegar à Europa, mas o que parece claro é que os fabricantes de automóveis chineses estão a ousar em tudo e também a mostrar bons produtos. Como temos vindo a alertar há algum tempo, as marcas tradicionais não devem descansar sobre os seus louros…