Volkswagen volta aos botões físicos: “Um carro não é um telemóvel”, diz o chefe do design.
Num movimento que está a ser celebrado por entusiastas de automóveis e condutores comuns, a Volkswagen anunciou que vai reintroduzir botões físicos nos seus carros, marcando uma mudança significativa em relação à tendência recente de interfaces totalmente digitais e sensíveis ao toque. A decisão surge após uma admissão franca por parte do chefe de design da marca, que criticou a estratégia do seu predecessor, afirmando que a abordagem anterior estava errada.
“Jamais voltaremos a cometer esse erro. No volante, teremos botões físicos. Chega de adivinhar. Há feedback, é real, e as pessoas adoram isso. Honestamente, isto é um carro. Não é um telemóvel: é um carro”, declarou o responsável, numa afirmação que ecoa o sentimento de muitos condutores que se queixaram da falta de praticidade e segurança dos ecrãs sensíveis ao toque.
A mudança reflete uma crescente insatisfação entre os utilizadores, que têm apontado a distração causada por interfaces digitais complexas como um problema de segurança. Botões físicos permitem uma interação mais intuitiva e segura, especialmente quando se está a conduzir, sem a necessidade de desviar os olhos da estrada.
A decisão da VW surge num momento em que outras marcas também começam a repensar o excesso de tecnologia nos carros. A indústria automóvel parece estar a perceber que, por mais futurista que pareça, um ecrã tátil nem sempre é a solução mais prática ou segura.
Os novos modelos da Volkswagen, que integrarão esta mudança, prometem combinar o melhor dos dois mundos: tecnologia avançada, mas com uma interface mais amigável e funcional. A marca alemã espera que esta abordagem “back to basics” conquiste tanto os puristas dos automóveis como os condutores do dia-a-dia.
Com esta decisão, a Volkswagen parece estar a ouvir os seus clientes e a priorizar a experiência de condução. Afinal, como bem disse o chefe de design: “É um carro, não é um telemóvel.” E, pelos vistos, os botões físicos estão de volta para ficar.
Fonte: Autocar