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Teste – Renault Symbioz E-Tech Full Hybrid 145 – Complemento perfeito

Eis o mais recente lançamento da marca do losango no segmento dos C-SUV, onde a marca aposta numa ofensiva de alternativas difícil de igualar. Este Renault Symbioz oferece habitabilidade, uma bagageira considerável e, numa primeira fase, uma única mecânica híbrida autorecarregável, tudo por um preço competitivo.

Renault Symbioz 1Sim, é verdade, tem parecenças com o recente Captur porque partilha com este desde o design frontal até às portas dianteiras. No entanto, a Renault incrementou a plataforma B (a mesma do Clio e do mencionado Captur) com 15 cm extra para criar este novo modelo, batizado de Symbioz.

Assim, com um comprimento total de 4,41 metros e uma bagageira cuja capacidade varia entre 492 e 624 litros, consoante a posição da segunda fila de bancos (que pode ser deslocada longitudinalmente em 16 cm), o recém-chegado posiciona-se no centro da variada gama SUV do construtor, que já inclui o Scenic (apenas elétrico), o Austral (4,51 metros), o Espace (7 lugares) e os SUV coupé Arkana e Rafale (4,56 e 4,71 metros de comprimento, respetivamente).

Com estas caraterísticas, o Symbioz apresenta-se como uma alternativa muito interessante, tanto para o potencial cliente B-SUV, devido à sua maior habitabilidade, como para quem pretende um C-SUV, que não será obrigado a ceder muitos centímetros. Um “jogo” semelhante ao da Kia com o Niro.

Conforto e eficiência

O Symbioz está equipado, de momento, com uma única opção mecânica híbrida definida por um motor de combustão 1.6 e dois rotores elétricos (um como propulsor e outro como recuperador de energia) que, em conjunto, produzem 145 CV.

Em linhas gerais, movimenta os quase 1.500 kg do conjunto com facilidade e, sobretudo, com uma cuidada sonoridade, inclusive em estrada em aberta, onde assegura um elevado nível de qualidade a ritmos quotidianos de circulação. Se exigirmos mais (ultrapassagens, recuperações, etc.), ficaremos um pouco mais limitados.

As manobras e a condução em modo 100% elétrico em distâncias curtas permitem ajustar o consumo, que oscilou entre os 6 e 7 l/100 km durante o nosso teste. Ou seja, frugal. Em termos de dinâmica, o Symbioz privilegia sobretudo o conforto. Mesmo quando se alterna entre os diferentes modos fornecidos pela eletrónica (sistema Multisense), apesar de tambem não existir grande diferença percetível na resposta, mesmo entre o Sport e o ECO.

Em suma, é um produto confortável que pisa com equilíbrio graças a uma suspensão que se comporta bem perante nos trajetos que exigem maior apoio em curva, mas que, por vezes, não esconde alguma dificuldade em lidar com o ressalto de obstáculos mais abruptos (como as lombas em algumas estradas), um efeito que é amplificado pelas jantes de 19” e baixo perfil instaladas de série neste acabamento Iconic, um dos mais altos da gama.

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Teto mágico

No interior, constatamos que os lugares dianteiros têm mais a ver com o segmento B do que com o C. Têm boa largura, mas os passageiros de maior estatura podem achar que lhes algo em altura e espaço para as pernas. Os ocupantes traseiros, tendo em conta os 16 cm de regulação longitudinal do banco traseiro (como um todo, não por secções), os 120 cm de largura e os 90 cm de altura, acabam por usufruir de uma área considerável para se acomodarem. Como extra surge a mais-valia da excelente luminosidade proporcionada pelo teto panorâmico em vidro (1.500 €) com o inovador sistema “Solarbay”, que varia a opacidade do vidro por faixas, tornando-o opaco ou transparente à frente/atrás, ou completo…

Em termos de materiais e de montagem, a qualidade percecionada é boa. E no capítulo da tecnologia, desde o painel de instrumentos digital de 10” ao já conhecido ecrã tátil no centro do tablier, em posição vertical e dotado do sistema operativo Google Automotive, que se assume como uma das melhores soluções do mercado e, claramente, uma aposta certeira da Renault.

Com uma oferta competitiva (note-se o elevado nível de segurança de série; até 29 sistemas de ajuda à condução) e uma gama de preços entre os 32.500 e os 38.500 €, não faltam ao Symbioz atributos para se tornar um dos principais representantes comerciais da marca.

Texto José Armando Gómez
Fotos Paulo Calisto

CONCLUSÃO

Se adicionarmos um motor híbrido de bom desempenho, eficiente em termos de consumo numa carroçaria versátil de dimensões razoáveis, com boa bagageira e equipamento tecnológico e de segurança apreciável, temos praticamente todos os ingredientes para “cozinhar” um carro de sucesso nos tempos que correm. E é exatamente isso que propõe o Symbioz da Renault.

RENAULT SYMBIOZ ICONIC E-TECH FULL HYBRID 145
FICHA TÉCNICA

TIPO DE MOTOR                        Gasolina, 4 cilindros em linha, injeção indireta

CILINDRADA                                1.598 cm³

POTÊNCIA                                     94 CV às 5.600 rpm

BINÁRIO MÁXIMO                     148 Nm às 3.600 rpm

TRANSMISSÃO                            Dianteira, caixa multimodo

SISTEMA ELÉTRICO

TIPO DE MOTOR                        Elétrico, síncrono de ímanes permanentes

POTÊNCIA                                     49 CV (36 kW)

BINÁRIO                                        205 Nm

BATERIA                                        Iões de lítio, 1,2 kWh (0,85 kWh úteis)

SISTEMA HÍBRIDO

TIPO DE MOTOR                        Elétrico-Gasolina

POTÊNCIA                                     145 CV (105 kW)

BINÁRIO                                        N.D.

VELOCIDADE MÁXIMA               170 km/h

ACELERAÇÃO                               10,6 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP)                    4,7 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP)            105 g/km (misto)

DIMENSÕES (C/L/A)                  4.413 / 1.797 / 1.575 mm

PNEUS                                           225/45 R19

PESO                                              1.498 kg

BAGAGEIRA                                 492-624-1.582 l

PREÇO                                           38.500 €

GAMA DESDE                              32.500 €
IUC                                                  148,22 €

LANÇAMENTO                            Setembro de 2024

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