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Teste – PEUGEOT 508 SW HYBRID GT LINE – Assumir o protagonismo

Espaçosa, dinâmica e ecológica, a carrinha 508 apresenta-se em versão híbrida plug-in munida de um vasto rol de argumentos com o objetivo de ser protagonista numa classe que aos poucos vai conquistando cada vez mais clientes. As vantagens fiscais para empresas também ajudam.

A 508 SW é um dos bons exemplos da recente geração de plataformas modulares do Grupo PSA. Lançada no final de 2019, trouxe para a marca francesa uma das carrinhas mais apelativas no segmento D, um dos mais preponderantes no mercado europeu. Agora, em 2020, recebe uma versão híbrida plug-in (recarregável) que promete muita potência e consumos reduzidos.

No fundo, e de forma resumida, esta 508 mantém todos os predicados da restante gama, nomeadamente a secção dianteira afilada, a assinatura luminosa e uma vincada linha de cintura que trabalha esteticamente na perfeição com os detalhes coupé das portas sem aro ou do tejadilho descendente. No interior, posto de condução i-Cockpit com volante de diâmetro reduzido em posição baixa, instrumentação digital na zona superior do tablier e ecrã multimédia na consola central com teclas tipo piano para acesso direto aos menus para uma condução muito especial e personalizada. A verdade é que este híbrido plug-in é capaz de aumentar o vínculo emocional com o condutor que pode administrar a energia da bateria, beneficiar da condução elétrica no arranque e nos primeiros quilómetros, utilizá-lo como um híbrido convencional mantendo uma reserva de energia para alguns quilómetros totalmente elétricos ou, então, pressionar o acelerador a fundo sem compaixão pela bateria e sentir a potência dos 225 CV.

Autonomia q.b.

Neste caso, a 508 SW conta com uma bateria de iões de lítio de 11,8 kWh que permite uma autonomia teórica de 52 km; na prática não são mais de 38 km. Além disso, não dispõe de carregamento rápido por corrente contínua que permita prolongar uma viagem em modo elétrico. Contudo, oferece, em opção, um cabo de carga de 7,4 kW que poderá reduzir os tempos de carregamento para menos de duas horas quando ligado a uma Wallbox de 32 A. O cabo de série é de 3,7 kW.

Ora, esta bateria alimenta um motor elétrico de 80 kW (109 CV) que assiste ou substitui o bloco turbo 1.6 Puretech de 181 CV para uma potência conjunta de 225 CV, proporcionando uma condução célere e subtil. Há ainda um alternador/gerador colocado entre o propulsor a gasolina e a caixa automática de oito velocidades, na qual foi substituído o conversor de binário por uma embraiagem multidiscos e que transmite a tração às rodas dianteiras.

A 508 SW Hybrid inclui quatro modos de condução: zero emissões (electric), conforto, híbrido e desporto. No primeiro, a locomoção é feita apenas com o sistema elétrico, sendo a resposta ao acelerador muito rápida e sem ruído até à velocidade de 135 km/h. A caixa automática com patilhas deixa de funcionar neste modo, ou seja, a unidade elétrica não precisa de desmultiplicação, dado atingir o binário máximo no arranque. A regeneração pode ser regulada em dois níveis: normal e um mais intenso, que origina uma certa quantidade de travão-motor, mas nunca exagerado.

Modo híbrido

Já no modo híbrido, o sistema utiliza o motor elétrico para eliminar o tempo de resposta do bloco térmico nos baixos regimes. Faz muito bem o seu trabalho. Acelerando a fundo desde baixas velocidades, a resposta do conjunto é bastante linear e despachada, ao nível de uma versão desportiva. Por último, o modo “Desporto” mostra como a Peugeot pretende que os seus modelos eletrificados sejam entusiasmantes de conduzir. Aqui, o desempenho é claramente mais enérgico (0 a 100 km/h em 8,8 segundos), a direção fica um pouco mais pesada e a transmissão mais obediente às ordens das patilhas.

Tal como a berlina, também a carrinha antecipa um automóvel divertido de conduzir. Ainda assim, privilegia, acima de tudo, a vocação familiar, mas não descura bons momentos ao volante. O equilíbrio é garantido, as jantes de 18 polegadas não se sentem e a suspensão, apesar de firme em alguns tipos de piso, nunca chega a ser desconfortável. A direção vai ganhando peso com o avanço da velocidade e acaba por ser leve nas manobras em cidade e pesada q.b. para assegurar que o eixo dianteiro siga para onde desejamos.

Texto: Ricardo Carvalho
Fotos: Paulo Calisto

CONCLUSÃO
Estética apelativa e conforto com nota máxima num conjunto que assim que deixa de ter energia na bateria vê os consumos subirem drasticamente. Até lá, são contidos. Os 225 CV da potência combinada são verdadeiramente desportivos, mas o preço é elevado, contudo pode ser atenuado pela facto de as empresas conseguirem recuperar o IVA.

 

FICHA TÉCNICA
PEUGEOT 508 SW HYBRID GT LINE

TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, turbo
CILINDRADA 1.598 cm3
POTENCIA 181 CV às 6.000 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 300 Nm às 3.000 rpm
TRANSMISSÃO Dianteira, caixa automática de 8 velocidades

 

SISTEMA ELÉTRICO

TIPO DE MOTOR Um motor elétrico à frente
POTÊNCIA MÁXIMA 109 CV
BINÁRIO MÁXIMO 320
BATERIA Iões de lítio, 11,8 kWh

 

SISTEMA HÍBRIDO

TIPO DE MOTOR Híbrido elétrico-gasolina
POTÊNCIA COMBINADA 225 CV
BINÁRIO COMBINADO 360 Nm
AUTONOMIA 52 km

 

V. MÁXIMA 240 km/h
ACELERAÇÃO 8,2 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP) 1,5 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 34 g/km
DIMENSÕES (C/L/A) 4.778 / 1.859 / 1.420 mm
PNEUS 235/45 R18
PESO 1.820 kg
BAGAGEIRA 500 l
PREÇO 48.805 €
GAMA DESDE 46.005 €
I. CIRCULAÇÃO (IUC) 137,14 €
LANÇAMENTO Março de 2020

 

 

 

 

 

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