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Livre do ‘fantasma’ da Classe 2 nas portagens, que fez adiar a sua chegada a Portugal, o Grandland X pode agora enfrentar em pé de igualdade os seus rivais do segmento SUV-C. Empregando a mais moderna linguagem de estilo da Opel, completa a gama SUV da marca, com o motor turbodiesel de 1.5 litros a ser um dos argumentos para recuperar o ‘tempo perdido’.

Poucas marcas tinham tantas razões de queixa do esquema de classes de portagens como a Opel: Mokka X e Grandland X, dois dos seus modelos de maior sucesso na Europa, tinham tarefa complicada em Portugal, já que estavam classificados como Classe 2. Tal facto motivou até o atraso na comercialização do SUV de maiores dimensões, que noutros países da Europa já circula desde finais de 2017.

Mas, com o cenário prestes a alterar-se em janeiro, a Opel entendeu que este é o momento certo para colocar o Grandland X na contenda, brandindo como argumentos de peso o equipamento e a filosofia de qualidade germânica. Isto num automóvel que tem muitos elementos partilhados com o ‘primo’ Peugeot 3008, também do Grupo PSA. É disso exemplo o motor 1.5 Turbo D, uma unidade de elevada eficiência que resulta da mais recente leva da motorizações do grupo e que serve de forma muito competente o Grandland X.

Diesel bem-vindo
Este não só já está preparado para enfrentar as normas mais restritivas da União Europeia quanto às emissões poluentes (em vigor a partir de 2020), como é também um progresso importante em matéria de prestações. Isto porque com 130 CV de potência e 300 Nm de binário, este é um motor que transmite ao Opel enorme voluntarismo na condução, evidente em aceleração a partir de baixos regimes: logo em redor das 1.500 rpm, o Grandland X mostra-se afoito para arranques vigorosos e condução sem constrangimentos numa grande parte das situações. Não obstante, em percursos com subidas íngremes ou para recuperações mais lestas, quando as rotações descem em demasia, é preferível o recurso à caixa de seis velocidades, com escalonamento correto, mas algo ruidosa na sua operação. Seja como for, com uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 11,3 segundos, o novo SUV da Opel sente-se, geralmente, mais rápido do que o anunciado, o que deixa sempre boa impressão para quem vai ao volante.

Já referimos a eficiência e essa fica também percetível nos consumos muito satisfatórios com uma condução rápida, mas sem excessos: não atingindo os quase impossíveis 4,2 l/100 km de média anunciada, obtivemos 5,6 l/100 km no nosso ensaio. Nota, ainda, para o refinamento do motor, que se traduz em maior conforto acústico para os ocupantes.
Fazendo uso da mesma plataforma (EMP2) do Peugeot 3008, o Grandland X cumpre com o seu objetivo de viagens confortáveis, proporcionando bom controlo da carroçaria em curva e absorção eficaz do mau piso, mesmo no caso da unidade ensaiada equipada com jantes de 18 polegadas. A sensação de ligeireza remete para um agradável equilíbrio entre dinamismo e conforto, sem deslumbrar emocionalmente.

Tendência clássica
A bordo, ao contrário do modernismo do 3008, o Grandland X adota abordagem mais clássica, mas com ergonomia bem conseguida: volante de dimensões normais e desenhos mais convencionais do painel de instrumentos e consola central. Tudo envolto no já tradicional rigor de construção germânico e na utilização de materiais de muito boa qualidade em grande parte de um interior que não precisa de reparos.

O espaço é outro ponto positivo, com o Grandland X a registar boas quotas de habitabilidade, tanto à frente, como nos lugares posteriores, onde mesmo os adultos mais altos poderão viajar com comodidade e desafogo para pernas e cabeça. Um terceiro passageiro atrás beneficia do piso mais plano, mas, como praticamente todos os seus rivais, não é superlativamente largo. Nota, ainda, para os espaços de arrumação em boa medida e para os 514 litros de capacidade da bagageira, com abertura automática do portão e sem mãos, bastando o movimento do pé sob o para-choques posterior (de série no Innovation).

Embora chegue a um segmento muito concorrido, o Grandland X confia na sua lista de equipamento desafogada para conquistar o seu espaço: na unidade ensaiada, Innovation, os destaques vão para as jantes de 18”, assistente de ângulo morto, tampa da mala elétrica, bancos em combinação de pele e tecido e sistema multimédia IntelliLink de nova geração com ecrã tátil de 8”, entre outros. Essa dotação ajuda a explica o preço mais elevado de 34.490 euros, sendo que a Opel tem em vigor campanha para este SUV até final de dezembro (upgrade automático das encomendas para o nível Innovation). De referir que os preços da gama começam nos 29.090 € do 1.2 Turbo a gasolina, também de 130 CV.

Texto Miguel Silva Fotos Paulo Calisto

FICHA TÉCNICA

OPEL GRANDLAND X 1.5 TURBO D INNOVATION

TIPO DE MOTOR Diesel, 4 cilindros em linha, turbo

CILINDRADA 1.499 cm3

POTÊNCIA 130 CV às 3.750 rpm

BINÁRIO MÁXIMO 300 Nm às 1.750 rpm

V. MÁXIMA 195 km/h

ACELERAÇÃO 11,3 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO 4,2 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 110 g/km

DIMENSÕES (C/L/A) 4.477 / 1.856 / 1.609 mm

PNEUS 225/55 R18

PESO 1.435 kg

BAGAGEIRA 514-1.652 l

PREÇO 34.490 €

GAMA DESDE 29.090 €

I. CIRCULAÇÃO (IUC) 145,05 €

LANÇAMENTO Novembro de 2018

EQUIPAMENTO

SÉRIE

Airbags dianteiros, laterais (dianteiros) e de cortina; controlos de estabilidade (ESP Plus) e de tração; ISOFIX; sensor de pressão dos pneus; assistente de arranque em subida; cruise control; sensores de luminosidade e de chuva; ar condicionado automático bi-zona; iluminação em halogéneo; luz diurna LED; bancos forrados a couro e tecido; banco do condutor com regulação lombar elétrica; banco AGR para o condutor; volante em pele com comandos integrados; sensores de estacionamento à frente e atrás; câmara traseira; abertura e fecho da porta da mala com o pé; retrovisores elétricos com rebatimento automático; vidros traseiros escurecidos; acesso e ignição sem chave; travão de parque eletrónico; reconhecimento dos sinais de trânsito; sistema multimédia Navi IntelliLink 5.0 com ecrã de 8”, seis altifalantes ‘premium’, entradas USB; Bluetooth, navegação, Apple CarPlay e Android Auto; e jantes de liga leve de 18 polegadas.

OPCIONAIS

Pintura metalizada (550 €); tejadilho de abrir panorâmico (700 €); tejadilho pintado a preto (450 €); faróis adaptativos LED AFL (1.200 €); Pack Safety – inclui alerta de cansaço do condutor, alerta de colisão dianteira, travagem automática de emergência e alerta de saída de faixa com correção automática (500 €); Pack Park & Go – inclui câmara 360º, sistema avançado de assistência ao estacionamento e alerta de veículo no ângulo cego (950 €).

Ricardo Carvalho

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