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TESTE – FORD KUGA ST-LINE X 2.5 DURATEC PHEV ST-LINE X – Carregar e andar…

Na sua nova geração, o Kuga passa a oferecer uma versão híbrida plug-in com 225 CV que se assume como a mais potente da gama. Redução de ruído e vibrações, baixos consumos e muita “garra” são o q.b. para enfrentar uma concorrência cada vez mais… eletrificada.

Ao desenvolver um Kuga plug-in, a Ford entra de imediato na nova era do mercado automóvel, onde é quase impreterível ter um modelo com estas caraterísticas para, não só, estar na moda, como para ajudar a reduzir emissões de CO2 na gama.

Aliás, se há um aspeto que sobressai na condução deste SUV de 225 CV é o empenho da marca americana na tentativa de produzir motores cada vez mais silenciosos, refinados e, claro está, poupados.
Na prática, trata-se de um modelo de filosofia claramente familiar, com um comprimento de 4,61 metros (mais comprido que os seus antecessores) e cuja bagageira, no caso da versão em ensaio, é ligeiramente reduzida pelo facto de se tratar de uma mecânica mais sofisticada (localização das baterias), que ocupa mais espaço. Assim, e tendo em atenção que os bancos traseiros tem regulação longitudinal em 15 cm, a volumetria pode variar entre os 411 e os 581 litros, consoante a posição dos mesmos.

Espaço a bordo não falta, tanto à frente como atrás, e a ergonomia marca posição com diversos compartimentos para arrumações. Destaque para o tablier decalcado do Focus, com um painel de instrumentos digital, que vai mudando de acordo com os modos de condução escolhidos, e um ecrã central tátil de 8”, que assegura, para além das informações normais do sistema de navegação ou do telefone, todos os detalhes sobre a condução elétrica e híbrida.

Mecânica sobressai
No que diz respeito à componente mecânica, os 225 CV totais são obtidos a partir da combinação do bloco a gasolina atmosférico de quatro cilindros 2.5 Duratec (ciclo Atkinson) com 154 CV, e de uma unidade elétrica, também colocada em posição central, que debita 140 CV. Ambos estão associados a uma caixa automática Powershift de oito velocidades que encarrega-se de locomover as rodas dianteiras.

Para alimentar o motor elétrico, a Ford recorreu a uma bateria de iões de lítio de 14,4 kWh de capacidade, que permite uma autonomia de 56 quilómetros. Já o carregamento pode ser feito em menos de seis horas numa tomada doméstica de 230 V, ainda que a operação possa ser mais célere usando uma tomada de carga rápida. Quando em modo 100% elétrico, a velocidade máxima cifra-se nos 137 km/h (201 km/h com os dois motores).

Em estrada, o Kuga PHEV rola com brio, graças a uma resposta mecânica suave e progressiva e a um funcionamento da caixa eficaz e discreto (não produz aquela sensação de acelerar forte e não existir resposta imediata do motor). Aliás, a entrada em ação do motor a gasolina é tão silenciosa que só se sente quando surge no painel de instrumentos a frase “motor ligado”. Se acelerarmos o ritmo, faz-se ouvir, mas, ainda assim, sempre discreto.

Modos de condução para todos
O Kuga PHEV mantém os diferentes modos de condução que encontramos nas versões convencionais: Normal, Eco, Desportivo, Escorregadio e Neve/Areia; os dois últimos pensados para pisos pouco aderentes até porque personalizam a resposta do controlo de tração para otimizar a motricidade. Para além destes, conta ainda com mais quatro programas de condução elétricos: EV Auto, EV Now, EV Later e EV Charge.

Assim, o arranque é sempre feito no primeiro, com o sistema a escolher automaticamente entre um ou outo motor ou os dois, de forma a dar prioridade à eficiência. Já o segundo coloca em funcionamento apenas a parte elétrica desde que haja carga na bateria, enquanto o EV Later permite reservar a carga para uma utilização posterior. Por último, o EV Charge carrega a bateria a partir do motor a gasolina, com o devido prejuízo em termos de consumos. O comando rotativo da caixa tem ainda um modo L que aumenta a carga regenerativa e favorece a condução com um só pedal, produzindo o efeito travão quando levantamos o pé do acelerador.

Em suma, o Kuga PHEV sobressai na forma como faz a gestão do sistema híbrido plug-in: elétrico e silencioso em percursos curtos, económico para viajar em família sem limitações, e com um comportamento eficaz que possibilita diversão ao volante. O preço, e tendo em conta o mercado, pode-se considerar muito razoável.

Texto: Ricardo Carvalho
Fotos: Paulo Calisto

FICHA TÉCNICA
FORD KUGA 2.5 DURATEC PHEV ST LINE X
TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, atmosférico
CILINDRADA 2.488 cm3
POTENCIA 152 CV
BINÁRIO MÁXIMO 165 Nm
TRANSMISSÃO Dianteira, caixa automática 8 velocidades

SISTEMA ELÉTRICO
TIPO DE MOTOR Um motor elétrico à frente
POTÊNCIA MÁXIMA 132 CV
BINÁRIO MÁXIMO N.D.
BATERIA Iões de lítio, 14,4 kWh

SISTEMA HÍBRIDO
TIPO DE MOTOR Híbrido elétrico-gasolina
POTÊNCIA COMBINADA 225 CV
BINÁRIO COMBINADO 165 Nm
AUTONOMIA 56 km

V. MÁXIMA 200 km/h
ACELERAÇÃO 9,2 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP) 1,4 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 32 g/km
DIMENSÕES (C/L/A) 4.614 / 1.883 / 1.675 mm
PNEUS 235/60 R18
PESO 1.844 kg
BAGAGEIRA 411 – 581 l
PREÇO 43.933 €
GAMA DESDE 41.093 €
I. CIRCULAÇÃO (IUC) 204,81 €
LANÇAMENTO Março de 2020

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