fbpx




As vendas da Tesla estão a afundar-se na Europa no início de 2025, enquanto as marcas chinesas crescem a um ritmo imparável graças, sobretudo, aos seus automóveis híbridos.

O início de 2025 deixou-nos, até agora, com o lado positivo e o lado negativo do automóvel elétrico. Enquanto a Tesla se afunda, as marcas chinesas crescem a um ritmo alucinante, segundo os dados publicados pela Jato Dynamics em 28 mercados europeus.

O ano não começou bem para Elon Musk no que diz respeito à sua marca de carros elétricos (a sua aventura política é outro assunto, que não parece estar a correr mal). O novo Tesla Model 3 não está a ter o desempenho esperado na Europa nem nos EUA e ainda é cedo para ver os efeitos do renovado Tesla Model Y Juniper.

A queda da marca americana é especialmente acentuada no velho continente, onde as vendas caíram 45% em janeiro último, em comparação com o mesmo mês do ano passado, com um total de 9.913 unidades registadas.
Por outro lado, o oposto é o que acontece para as marcas chinesas. No mesmo período aumentaram suas vendas em 52%, com um total de 37.134 carros vendidos, de acordo com dados da Jato Dynamics.

Os 231 mil milhões que recebem do Estado ajudam certamente. Mas há mais: os carros elétricos chineses representam 76% do mercado mundial.
Ainda é um número relativamente pequeno em comparação com o número total de veículos vendidos no mercado europeu, mas o crescimento não deixa de ser significativo. A quota de mercado dos automóveis chineses também aumentou, passando de 2,4% em janeiro de 2024 para 3,7% este ano.

O especialista em análise do mercado automóvel salienta que as marcas chinesas ainda não dominam o mercado europeu, mas o volume de vendas, combinando todas as tecnologias de propulsão, coloca-as na décima segunda posição do ranking, ultrapassando fabricantes como a Ford, que acumulou 35.790 carros.

O segmento que mais cresceu foi o dos carros híbridos convencionais, devido à imposição de tarifas mais elevadas aos carros elétricos chineses pela União Europeia, o que levou os construtores chineses a apostar mais em sistemas de propulsão alternativos, como os híbridos, para evitar o novo imposto.

Consequentemente, 6,1% das vendas de veículos híbridos não plug-in na Europa foram efetuadas por marcas chinesas, ou seja, quase 7.500 unidades. Entretanto, os híbridos plug-in das marcas chinesas também registaram um aumento significativo, com 4.035 unidades em janeiro, em comparação com 1.276 no ano passado, um aumento de 216,2%.

Volkswagen e Renault, as únicas a crescer
Não foi só a Tesla que teve um mau arranque de 2025. O mercado automóvel fechou janeiro com uma queda de 1,9%, com um total de 993.068 automóveis matriculados. Um dos mais atingidos foi o Grupo Stellantis, que vendeu 154.100 veículos em janeiro, uma queda de 16% em relação ao mesmo período de 2024.

Apenas o Grupo Volkswagen e o Grupo Renault receberam boas notícias: ambos obtiveram o maior aumento da quota de mercado.
Por um lado, o grupo alemão quase atingiu as 265.000 unidades, o que representa um aumento homólogo de 5% e uma quota de mercado de 26,7%. Por outro lado, o grupo francês liderado pela Renault registou um total de 80.800 unidades, o que representa um crescimento de 7% em relação a janeiro de 2024.

Especialmente significativo foi o crescimento da marca Cupra, que aumentou as suas vendas em janeiro em 48% em relação ao mesmo mês do ano passado. Do mesmo modo, a marca Renault registou um crescimento homólogo de 20%.
Quanto aos automóveis mais vendidos em janeiro de 2025 na Europa, o Dacia Sandero voltou a ocupar o primeiro lugar, seguido do Volkswagen Golf.

 

 

Ricardo Carvalho

Ver todas as publicações
Publicidade
Siga-nos no Facebook:
Publicidade
Publicidade