Bastaram quatro dias para a marca japonesa fechar as encomendas, como se se tratasse dum super desportivo, o que confirma o crescente apelo por carros autênticos e versáteis para uma nova geração de “aventureiros”.
Esta medida excecional “explica” a dimensão que o fenómeno atingiu mal o off-roader de cinco portas foi revelado no final de Janeiro… e a dificuldade do fabricante em lidar com tal sucesso. Para gerir a situação, medidas radicais foram tomadas: além da suspensão dos pedidos, foram cancelados todos os eventos promocionais programados no Japão.
Através do seu portal, a Suzuki pediu desculpas aos que ficaram de fora das encomendas, prometendo reabri-las mal o “andamento” da produção o permitir. O que explica tal entusiasmo por este pequeno 4×4? Um dos segredos está numa combinação única do charme que sempre o definiu, com as cinco portas a darem-lhe uma enorme flexibilidade de uso na cidade.
Com 3,89 metros de comprimento (mais 34 cm do que o Jimny Sierra de três portas), esse crescimento reflectiu-se quase por inteiro nos 2,59 metros que separam ambos os eixos.
Não são apenas essas “mudanças” porque no seu cerne está um visual à antiga, definido por linhas angulares e faróis redondos, a evocar o espírito dos grandes e lendários “todo o terreno” de maior gabarito.
Esta abordagem minimalista (e um preço de partida em redor dos 17.200 no Japão!), também atrai os jovens condutores que procuram fugas aventureiras, apoiadas num consumo de combustível contido.
A versatilidade confirma-se nos 21 cm de altura ao solo, com as rodas em cada ponta a darem um ângulo de ataque de 36º, e 47º de saída; apenas o ângulo ventral de 25º ficou comprometido pela maior distância entre os eixos.
A somar a esses “pormaiores” está a reputação da Suzuki em termos de fiabilidade mecânica, prometendo uma experiência de condução simples e directa sem mais preocupações.
Sob o capô está o bloco a gasolina com 1.5 litros “atmosféricos” de 105 cv e 134 Nm, sendo dada à escolha uma caixa manual de cinco ou automática de quatro relações, combinada com a tracção parcial às quatro rodas.
Com as primeiras entregas a acontecerem na Primavera, desiluda-se quem espera ver este Jimny Nomade na Europa. Se é certo que a Suzuki planeou originalmente uma versão totalmente elétrica para o Velho Continente, rumores vindos do seu diretor executivo descartam essa hipótese… e muito menos como híbrido!