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O multifacetado rei dos deuses nórdicos adoraria sentar-se ao volante do novo hipercarro da Aston Martin. Com mais de 1.000 CV debaixo do pé direito, poderia conduzir pelas majestosas avenidas de Asgard em modo 100% elétrico.

Texto José Armando Gómez

A Aston Martin não planeia construir sequer 1.000 unidades do seu segundo hipercarro. Mais concretamente, serão 999, cuja produção terá início no segundo semestre de 2025. A exclusividade é reforçada pela sua mecânica híbrida plug-in, dotada de um motor 4.0 twin-turbo V8 com cambota plana (herdado do Mercedes-AMG GT Black Series) associado a uma caixa de dupla embraiagem de 8 velocidades. A esta unidade de potência térmica, que produz 828 CV, juntam-se três motores elétricos, um atrás da caixa de velocidades e dois no eixo dianteiro, que produzem 251 CV e permitem ao Valhalla circular em modo 100% elétrico durante 14 km a uma velocidade máxima de até 140 km/h (utilizando apenas a tração dianteira). A potência máxima do híbrido plug-in com tração integral é de 1.079 CV, que são colocados no asfalto através dos pneus Michelin Pilot Sport S 5, se equipado com jantes forjadas em alumínio, ou Pilot Sport Cup 2 do mesmo fornecedor, se o cliente optar por jantes em magnésio. Os travões são carbocerâmicos, com discos de 410 mm no eixo dianteiro e 390 mm no eixo traseiro, que são “mordidos” por pinças controladas por um cérebro eletrónico que interpreta a força exercida no pedal para aplicar a força equivalente nos discos (tecnologia brake-by-wire).

Filho da F1

Com uma aceleração de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos e uma velocidade máxima limitada a 350 km/h, a Aston Martin não poupou na aerodinâmica ativa, conseguindo uma força vertical de 600 kg a partir dos 240 km/h, que é auto-regulada graças ao movimento do plano traseiro (apenas se eleva no modo Race, embora em 255 mm) e do lábio dianteiro, que também se inclina para oferecer menos resistência ao vento frontal. É o mesmo sistema que os carros de F1 utilizam, com o DRS.

E não é a única invenção que a Aston Martin foi buscar ao carro de Fernando Alonso. Por exemplo, o chassis monocoque é feito de fibra de carbono e está ligado a duas subestruturas de alumínio às quais ancora uma suspensão push-rod no eixo dianteiro (com amortecedor e mola posicionados horizontalmente) e um sistema multi-link para a traseira.

Por sua vez, o carbono estende-se a grande parte do interior, incluindo aos bancos (que não são ajustáveis) e ao volante, que se move com os pedais para se adaptar ao condutor. Além disso, um ecrã atrás do volante e um ecrã tátil centrado no painel de instrumentos reúnem todas as funções e informações disponíveis. Com o Valhalla, a Aston Martin prossegue a sua gama estratosférica, iniciada com o Valkyrie, ambos com nomes inspirados na mitologia nórdica.

FICHA TÉCNICA

ASTON MARTIN VALHALLA

TIPO DE MOTOR   Híbrido, 8 cilindros em V, turbo

CILINDRADA          3.982 cm3

POTÊNCIA             1.079 CV (794 kW)

BINÁRIO MÁXIMO 1.100 Nm

VEL. MÁXIMA        350 km/h

ACELERAÇÃO                 2,5 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO            N.D.

DIMENSÕES (C/L/A)        4.727 / 2.014 / 1.161 mm

PNEUS                   285/30 R20 (fre.)
335/30 R21 (tras.)

PESO                     1.655 kg

BAGAGEIRA          N.D.

PREÇO                  N.D.

LANÇAMENTO       Dezembro de 2024

Ricardo Carvalho

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