Revistacarros

A Louis Vuitton dos carros: DS quer concorrer com a Bentley…!

E se o plano da Stellantis for lutar contra as marcas de ultra-luxo com a DS Automobiles? O construtor pretende elevar a marca DS a um patamar superior. Mas até onde? Transformando a marca spin-off da Citroën na “Louis Vuitton da indústria automóvel”!

O chefe de design da DS, Thierry Métroz, em entrevista à Autocar durante o Salão Automóvel de Bruxelas, fez esta ousada declaração. Caraterizou a DS como “premium”, mas pretende subir de nível e “tocar a sensação de luxo”.

Ou seja, em vez de lutar contra empresas como a Audi ou a BMW, a DS terá agora na mira a qualidade, sofisticação e requinte de uma Bentley ou Rolls-Royce…

Para lá chegar, pretende aumentar a qualidade dos futuros modelos de produção, a começar pelo N°8 e o seu interior sofisticado. Parece caro, mas a marca Stellantis explica que não tem como objetivo o volume. Não se importa de vender menos carros a um preço mais elevado para obter margens de lucro mais elevadas, fazendo assim eco das duas marcas britânicas que persegue.

Ainda segundo este responsável, as consultas de clientes também mostraram que mais pessoas “estão dispostas a comprar um VE, mas gostariam de manter um design muito atraente e com muito carácter”, disse Métroz. “As pessoas não querem comprar uma máquina de lavar.”

DS, PRESENTE E FUTURO 

Qual é, afinal, a dimensão da DS Automobiles na Europa? De acordo com os números de vendas de 2024 publicados hoje pela Associação dos Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), a marca francesa de topo de gama tinha uma quota de mercado de apenas 0,3% na região UE+EFTA+Reino Unido. As entregas caíram 22,4 por cento para 37.480 unidades nos últimos 12 meses.

Métroz criticou o fluxo de imitadores chineses da Tesla ou da Porsche, acrescentando que a DS quer ser original e apresentar “algo mais forte” que se destaque. Os próximos modelos continuarão a estar fortemente relacionados com outros produtos Stellantis para obter economias de escala. No entanto, o objetivo é diferenciar os veículos, tanto quanto possível, dos Citroën comuns.

O diretor de design da marca admitiu que a perseguição da Bentley ou da Rolls-Royce não se fará de um dia para o outro. Métroz declarou que poderia levar de 10 a 20 anos para transformar a DS numa marca de ultra-luxo de pleno direito. Daqui podemos deduzir que está otimista e que a marca ainda vai durar muito tempo. Antes de abandonar o cargo, Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, deu a entender que as marcas não rentáveis seriam eliminadas.

Exit mobile version