fbpx




Quando Benjamin Franklin, em 1752, deu o arranque a um mundo elétrico com uma chave pendurada num papagaio, era pouco provável que tivesse imaginado que aquela energia, um dia, moveria um automóvel. Hoje, os veículos carregam-se através de uma tomada na parede de casa. São mais sustentáveis, com um custo por quilómetro inferior e têm as mesmas prestações – ou até melhores. No entanto, saberemos como funcionam os automóveis elétricos? Vamos descobrir através de uma viagem através do Mii electric.

  1. Tudo começa com a corrente. Corrente alternada e corrente contínua, combinadas… Os veículos elétricos podem ser carregados na rede elétrica doméstica ou numa estação de carga rápida. A diferença é que a primeira funciona em corrente alternada e a segunda em corrente contínua. Por isso são precisas fichas diferentes. “O Mii electric conta com um sistema combinado que aceita os dois tipos de carga. O tempo necessário em casa dependerá da potência que temos contratada ou se usamos as conhecidas wallbox. Se o fizermos nos chamados carregadores rápidos, o tempo de carga pode ser reduzido em mais de cinco vezes”, afirma Francesc Sabaté, responsável pelo desenvolvimento dos sistemas energéticos da SEAT.
  2. Segurança em alta voltagem. Se o automóvel é carregado através da rede doméstica, com corrente alternada, esta corrente passa primeiro por um carregador situado por baixo do motor através do cabo de carga. Ao tratar-se de um sistema de alta-voltagem, todo o circuito está sob elevada segurança. “As baterias do Mii electric estão continuamente a analisar os parâmetros de todo o sistema. Se em algum momento de verificação houver uma medição que não cumpra os níveis estabelecidos, o sistema desliga-se automaticamente”, garante Francesc Sabaté.
  3. Converter a corrente. O trabalho do carregador é o de garantir que à bateria chegue exclusivamente corrente contínua. Por isso, cabe-lhe transformar a corrente da rede doméstica. Se o veículo for carregado com corrente contínua a partir de um ponto rápido, não passa por esta fase e entra diretamente na bateria.
  4. O coração de um elétrico. A corrente chegou ao seu destino, a bateria. Mas esta não é uma peça única, pois está dividida em módulos; e estes em células. A vantagem deste sistema é que se algum dos módulos falhar, pode ser substituído de forma independente sem afetar os restantes componentes da bateria. “Em comparação com os automóveis de combustão, os elétricos consomem menos em cidade e na travagem recuperam energia. É por esta razão, que o Mii electric tem uma autonomia de até 260km em ciclo combinado, e de até 360km com utilização 100% citadina”, comenta Santi Castellá, diretor da Eletromobilidade SEAT.
  5. Em andamento. O motor elétrico e-Motor já pode arrancar. Tecnicamente, converte a tensão trifásica em força motriz. Uma vez em funcionamento, mantém a potência em praticamente toda a gama de carga. Os automóveis elétricos, ao contrário dos de combustão, entregam toda a potência desde o primeiro instante. Em termos práticos, e no caso do Mii electric, disponibiliza uma potência de 61 kW (83 CV) e um binário de 212 Nm, o que permite acelerar dos 0 aos 50 km/h em 3,9 segundos.

As baterias do Mii electric
Atualmente, os novos modelos elétricos adaptam o seu design à forma das baterias, que ocupam a secção inferior. Pelo contrário, na sua conversão para elétrico, o Mii não sofreu qualquer alteração na sua estrutura nem no espaço interior, já que foram fabricadas baterias especificamente para este modelo.

Ricardo Carvalho

Ver todas as publicações
Publicidade
Siga-nos no Facebook:
Publicidade
Publicidade