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Renault Clio comemora 30 anos repletos de sucessos

Há 30 anos que o Clio vem marcando as tendências, ditando as “regras” e batendo recordes de vendas entre os utilitários na Europa. Mais de 15 milhões de unidades vendidas nas primeiras 4 gerações (das quais quase meio milhão em Portugal) tornaram o Clio num dos mais emblemáticos modelos da Renault.


Clio I: 1990-1998
Ao trocar a designação numérica por um nome de batismo e adotando um design tão diferenciador, a primeira geração do Clio, apresentada em 1990, parecia não ter nada a ver com o seu icónico antecessor, o Renault 5.
Desde logo, o Clio apresentou uma série de novidades relevantes, a começar logo pelos conhecidos e reputados motores Energy 1.2 (60 cv) e 1.4 (75 cv) com quatro cilindros.

Mesmo o 1.7 que motorizava os Renault 5 GTX e Baccara viu a capacidade aumentar para os 1,8 litros e, com uma cabeça de 16 válvulas, passou a equipar as variantes mais desportivas do Clio I, versões essas que tantas dores de “cabeça” deram à concorrência e que ainda hoje deixam saudades aos amantes dos apelidados pocket-rocket.
Mas a evolução mais significativa do Clio I prendeu-se com o desenho, que trocou as linhas angulares e vincadas do Renault 5, por um desenho muito mais suave e elegante que, passados 30 anos, ainda mantém uma certa atualidade.

As cavas das rodas mais pronunciadas e a grelha pequena e quase “fechada” davam um ar mais futurista e imponente ao pequeno utilitário gaulês que criou um novo paradigma no segmento B na Europa.

Como é tradição na Renault, estavam disponíveis vários níveis de equipamento. Quase que podíamos dizer que havia um Clio para cada cliente e para cada bolsa… A versão de acesso era garantida pelo nível RL, seguida pelos RN e RT. Mais tarde surgiu a já conhecida Baccara (já tinha existido um 5 Baccara), com uma profusão de elementos diferenciadores e revestimentos em pele nos bancos e em vários apontamentos no habitáculo.

Entre as versões desportivas, e depois do tremendo sucesso granjeado pelos Renault 5 Turbo, o Clio 16V foi um digno sucessor. O Clio 1.8 16 válvulas com 137 cv fez, e continua a fazer, as delícias de muitos e já ganhou, por direito próprio, o estatuto de clássico.

Em 1989, a Renault voltou a estar muito ativa no Campeonato do Mundo de F1 através da equipa Williams, o que acabou por levar ao lançamento, em 1993, de uma das mais emblemáticas variantes do Clio.

Falamos do icónico Clio Williams, com um motor 2.0 de 150 cv e uma excelente relação peso/potência, já que convém não esquecer que o Clio pesava menos de 1000 kg. A somar a isto temos o comportamento a todos os níveis excecional e que ajudou a catapultar o Clio Williams para o “estrelato”.

O sucesso foi de tal ordem que, após uma série limitada inicial de apenas 3800 carros (com uma placa numerada identificativa), a Renault foi “obrigada” a aumentar a produção, que chegou a superar as 12 000 unidades, embora muitas delas tenham sido convertidas para serem utilizadas em competição, por exemplo.

O Clio I em Portugal
Entre 1990 e 1998 foram vendidas, em Portugal,172.258 unidades do Clio I. Destas, cerca de 33.100 foram do popularíssimo, à época, Clio Société de 2 lugares, que fazia a delícia de muitos clientes…particulares.
O Clio I foi a geração de maior volume de vendas em Portugal muito ajudada pelo facto de o mercado Português, no início dos anos 90 ser esmagadoramente constituído por automóveis dos segmentos A e B.
Uma curiosidade. Entre 90 e 98 foram vendidos, apenas, 13 Clio de passageiros a diesel. Ou seja, 0,01% do total de vendas do modelo.

Clio II: 1998-2004
No começo de 1998, a Renault apresentou a segunda geração do Clio. Disponível nas variantes de 3 e 5 portas, o Clio II (projeto X65) foi desenhado por Patrick Le Quement, que adotou um design mais arredondado e mais elegante. A gama de motores continuava a oferecer unidades 1.2 e 1.4 a gasolina e, no topo da oferta, passou a existir uma variante 1.6 16V com 110 cv que assumiu o papel de desportivo “acessível”.

Ainda no decurso de 1998, a Renault apresenta outra versão desportiva que iniciaria uma lenda que perdura até aos dias de hoje. O primeiro Clio Renault Sport foi lançado com um motor 2.0 16V com 172 cv de potência, capaz de impulsionar o R.S. (como passou a ser conhecido) até aos 220 km/h. Mais uma vez, um pequeno desportivo da Renault entrou diretamente para os anais da história e para os corações dos amantes de pequenos desportivos de exceção.

A surpresa Clio V6
A grande surpresa estava reservada para 2001, quando a Renault decidiu desvendar uma das variantes mais extravagantes e especiais não só do Clio, mas de todos os utilitários até então.

Com a cooperação da TWR (Tom Walkinshaw Racing), foi colocado um motor 3.0 V6 de 230 cv, oriundo do Laguna V6, atrás dos bancos dianteiros de um Clio numa posição central-traseira, dando origem ao famoso Clio V6. Capaz de ombrear com alguns supercarros da altura, em raridade e na capacidade de nos fazer sonhar, o Clio V6 de tração traseira exigia alguns dotes de condução para tirar pleno partido das suas capacidades em estrada aberta.

A segunda evolução com 255 cv de potência elevou as prestações para níveis nunca antes imaginados para um Clio, com uma velocidade máxima de 246 km/h e uma aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 5,8 segundos. O Clio V6 “Phase II” também foi alvo de algumas alterações no chassis, que viu a distância entre eixos alongada, e na taragem das suspensões.
Por esta altura, a marca também decidiu transferir a produção da fábrica sueca da TWR para a Renault Sport em Dieppe, França. No total, foram produzidos menos de 3000 unidades do Clio V6, o que justifica a sua raridade e valorização no mercado de usados.

No ano 2000, o Clio II recebeu quatro estrelas nos testes de colisão Euro NCAP, distinção que o tornou o mais seguro entre os seus pares, numa “tradição” que ainda hoje se mantém.
No decurso de 2001, a Renault volta a inovar ao propor as versões 1.5 dCi (Diesel de injeção direta) de 65 cv e 80 cv no Clio, também elas predecessoras de uma linhagem de sucesso que se prolongou até aos dias de hoje.
Clio II em Portugal.

Entre 1998 e 2005 foram vendidas 163.016 unidades do Clio II em Portugal o que transforma este modelo no 3º mais vendido da história da marca no nosso país.
Destes, mais de 50.500 foram do modelo Clio Société. Em 7 anos a média anual de vendas superou as 7.200 unidades o que demonstra a apetência do mercado Português (por razões fiscais) sobre esta tipologia particular de automóveis e que fazia de Portuagl o 2º maior consumidor mundial do Clio Société.

Curiosidades:
Em 1999, 2002 e 2003 o Clio II foi o automóvel de passageiros mais vendido em Portugal. E em toda a sua história apenas no último ano de vida não ocupou um dos dois lugares cimeiro do ranking.
Foram vendidas em Portugal 3 unidades do icónico Clio V6.

Clio III: 2005-2012
A terceira geração do Clio foi lançada em 2005, estando disponível em variantes de três portas, cinco portas e, pela primeira vez, já numa fase posterior, em carrinha.
Apesar do crescimento generalizado das dimensões, o Clio continuava a não ultrapassar os 4 metros de comprimento. O desenho representou uma mudança notável e uma evolução mais notória do que entre as gerações I e II, por exemplo.

O aumento das dimensões refletiu-se no aspeto mais encorpado e digno de um segmento superior, mas também na acrescida oferta de espaço interior, claramente mais generoso do que no Clio II.
Como não podia deixar de ser, especialmente após o excelente desempenho do Clio II nos testes Euro NCAP, a segurança continuava a ser uma preocupação crescente da Renault e o Clio III foi recompensado com 5 estrelas nos testes tendo sido o primeiro modelo do segmento B a alguma vez obter esta distinção.

Por este e por vários outros argumentos, o Clio III conquistou o galardão de “Carro do Ano” em 2006.
A gama de motores também evoluiu significativamente, sendo que a motorização de acesso passou a estar a cargo do 1.2 16V de 75 cv. O patamar seguinte era assegurado pelo 1.4 de 98 cv e, mais tarde, o Clio III ainda recebeu um motor 1.2 Turbo (TCe) com 101 cv inaugurando assim a era dos pequenos motores turbo a gasolina que agora são comuns em tantos outros construtores.

O topo de gama estava a cargo do famigerado R.S., com um motor 2.0 atmosférico com 197 cv.
Após o restyling, o mesmo Clio R.S. chegou aos 204 cv e teve direito a uma série limitada apelidada Gordini, em homenagem aos icónicos modelos preparados, inicialmente, por Amédée Gordini e que, mais tarde, chegou a ser uma divisão desportiva no seio da Renault.
Em março de 2007, a Renault apresentou a variante carrinha do Clio. A Break, é 230 mm maior do que o Clio e oferece 439 litros de capacidade na mala, um valor muito generoso para uma pequena carrinha baseada num utilitário.

Em 2009, o Clio III viu a dotação tecnológica reforçada com a adoção de um sistema de navegação instalado de fábrica com cartografia da TomTom, sendo um dos primeiros utilitários a disponibilizar este tipo de equipamento.
Clio III em Portugal.
A evolução do mercado para os modelos do segmento C retirou protagonismo aos modelos mais representativos dos segmentos inferiores. O Clio III vendeu em Portugal 65.107 unidades mas manteve-se sempre, entre 2005 e 2012 como um dos 5 modelos mais vendidos em Portugal tendo mesmo obtido, em 2008, o estatuto de modelo mais vendido em Portugal.

Curiosidades:
Entre 2008 e 2012 a Break representou 21% do total de vendas do Clio em Portugal.
40% dos Clio III de passageiros vendidos entre 2005 e 2012 tinham motorização diesel. Um sinal claro da evolução que se produzia no mercado.

Clio IV: 2012-2019
Apresentado no Salão de Paris de 2012, o Clio IV foi um sucesso imediato. Desenhada sob a orientação de Laurens Van den Acker, a quarta geração do icónico utilitário da Renault foi inspirada no espetacular concept DeZir (2010) e o resultado é, inegavelmente, atraente, o que explica em boa medida os excelentes resultados de vendas alcançados, mesmo já na fase final da sua carreira comercial.

Apesar de partilhar a plataforma com o seu antecessor, o Clio IV voltou a inovar na oferta de motores, no reforço do conteúdo tecnológico e, para não variar, na segurança.
Disponível nas variantes de cinco portas (hatchback) e carrinha (Sport Tourer), o Clio IV oferecia uma gama de motores quase toda ela nova. Manteve-se o 1.2 16V de 75 cv, mas a chegada do prolífico 0.9 TCe a gasolina, com três cilindros e 90 cv de potência, veio modificar por completo as regras do “jogo” e tornou-se um best-seller quase instantâneo.

No patamar seguinte, o 1.2 TCe, com quatro cilindros e 120 cv destacou-se por passar a disponibilizar uma evoluída caixa de dupla embraiagem com seis relações (EDC).
Entre os motores a gasóleo, continuavam a destacar-se os 1.5 dCi nas variantes de 75 cv, 90 cv e, na fase final da carreira comercial, a enérgica variante de 110 cv.

Pela primeira vez na história, o desportivo Clio R.S. passou a dispor de um motor turbo, uma espécie de regresso ao passado, mas com tecnologias atuais e prestações que fariam sonhar os seus antecessores. Desta feita, o Clio IV R.S. dispunha de um motor 1.6 turbo com 200 cv associado a uma caixa EDC. Apesar de a potência ser praticamente a mesma do antecessor, a maior oferta de binário e a superior disponibilidade numa ampla faixa de regimes, voltou a demarcar o Clio R.S. como um pequeno desportivo de exceção.

No Salão de Paris de 2015, a Renault apresentou o Clio R.S. Trophy, com o mesmo motor 1.6 Turbo e a caixa EDC, mas com 220 cv de potência e diversas alterações no chassis que potenciaram as capacidades dinâmicas desta série limitada.
A 4ª geração do Clio foi, claramente, aquela que mais sucesso granjeou junto dos Portugueses. Entre 2013 e 2019 o Clio IV foi sempre o automóvel mais vendido em Portugal e, caso raro na indústria automóvel, com vendas sempre crescentes a cada ano.

Apesar de ter sido comercializado num contexto de mercado bastante desfavorável foram vendidas, em Portugal, 78.377 unidades do Clio IV o que o torna no 4º modelo mais vendido na história da Renault em Portugal.
Curiosidades
A carrinha Sport Tourer, comercializada praticamente ao mesmo tempo que a berlina, representou 26% do total de vendas do Clio.
52% das vendas do Clio IV de passageiros em Portugal tiveram um motor diesel.

Clio V-2019
Chegados a 2019, a Renault apresenta o novo Clio V, o melhor Clio de sempre. Não só porque é a última evolução da espécie, mas acima de tudo porque a transformação operada e o salto evolutivo são tão grandes que colocam o novo Clio V num patamar à parte.
O desenho exterior não representa uma rutura com o passado, já que as linhas do Clio IV sempre foram um dos seus atributos. Mas antes uma evolução no design que procurou transmitir um ar mais moderno, expressivo, elegante e até desportivo ao novo Clio V. A opção por faróis de LED com a reconhecida assinatura em forma de C é apenas um dos muitos detalhes que tornam o Clio V verdadeiramente apaixonante.

Já no interior, a evolução deu lugar a uma verdadeira revolução. O cuidado colocado na qualidade dos materiais, na ergonomia, no design e até na escolha de equipamentos de conforto e segurança e tecnologia, transportam-nos para um segmento superior e demarcam o Clio V da concorrência.
Desde logo pelo imponente ecrã multimédia de 9,3 polegadas (o maior do segmento) posicionado na consola central. Outro dado curioso é que, apesar de mais curto do que o antecessor, o Clio V oferece uma excelente habitabilidade, um número acrescido de espaços de arrumação e até uma maior capacidade de mala.

Outro ponto onde o novo Clio V faz justiça às quatro gerações anteriores é na relação conforto/comportamento e no extraordinário prazer de condução que colocam o Clio no topo do segmento.
O Clio é, e será sempre, um modelo popular. E por isso na sua 5ª geração oferece a mais vasta gama de motorizações disponível no mercado: gasolina, diesel, bi-fuel (gasolina-GPL) e, a breve prazo, uma inédita motorização híbrida.
Com potências entre os 85 cv e os 140 cv (Híbrido) o Clio dispõe de uma gama de motores e caixas de velocidade (manual, automática de dupla embraiagem EDC e de variação contínua X-TRONIC) que se adaptam a todos os tipos de clientes e a todas as necessidades.

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