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A Porsche batizou a nova geração do 911 com o código interno 992, modelo que guarda a essência clássica de meio século de história, mas que soube evoluir para se posicionar no topo do seu segmento no que a tecnologia diz respeito.

Não, este não é um “déjà vu”, é mesmo a nova geração do Porsche 911. Tal como os engenheiros da casa de Zuffenhausen, Estugarda, nos têm habituado, o inconfundível estilo desportivo deste modelo é bem evidente. Assim tem sido durante mais de meio século e agora está de regresso com diferenças subtis. Sejamos claros: o desenho não é o capítulo onde a renovação do 911 mais se faz sentir, exceção feita aos farolins em LED unidos por uma faixa que já não é exclusiva das versões Carrera 4. A maior largura entre vias, que era específica dos 4, também se perdeu a favor da homogeneização da produção. Outro dos objetivos foi garantir uma dinâmica de excelência, seja com tração traseira ou integral.

Mais potente

Por agora, a Porsche apenas permite configurar o novo 911 na sua versão “S”, que surge equipada com um motor boxer de 3.0 litros e seis cilindros com duplo turbo, que produz, nesta variante, 450 CV potência, mais 30 CV que o antecessor. Estes números traduzem-se numa aceleração dos 0 aos 100 km/h de 3,7 segundos para o Carrera S e em 3,6 segundos para o Carrera 4S, com 308 e 306 km/h de velocidade máxima respetivamente. A acompanhar surge a transmissão automática de dupla embraiagem PDK de oito relações revista. Mais um dado: anuncia uma média de consumo de 8,9 e 9 l/100 km, de acordo com o tipo de tração traseira ou total.
Quanto à dinâmica, a Porsche confirma que a secção dianteira é 45 mm mais larga e que todos os painéis da carroçaria são de alumínio, para conter o peso. De regresso está o seletor de modos de condução inspirado no do 918 Spyder e posicionado no volante. Conta com as clássicas opções Normal, Sport, Sport+ e Individual, mas nesta geração soma uma quinta alternativa denominada Wet, pensada para rodar sobre superfícies deslizantes.

Tecnologia atualizada

Quer se queira, quer não, o anterior 911 tinha ficado desatualizado no que concerne a tecnologias de assistência à condução, capítulo que melhorou indubitavelmente nesta “geração” que chega em breve ao mercado.
Assim, incorpora sistemas cada vez mais em voga, como o alerta involuntário de mudança de faixa de rodagem, cruise control adaptativo com assistente de trânsito e travagem de emergência com detetor de peões. Todavia, o mais relevante de todos estes dispositivos é a chegada de um sistema de iluminação LED Matrix que pode ser complementado com visão noturna por infravermelhos, elementos pouco habituais num nicho de mercado tão centralizado na desportividade e nas prestações.

Seguindo esta tendência, também o habitáculo foi presenteado com a mais avançada tecnologia da Porsche. Referimo-nos ao sistema multimédia PCM que estreia um ecrã tátil de 10,9 polegadas. Trabalha em conjunto com um novo painel de instrumentos parcialmente digital que mantém a configuração clássica de cinco esferas, sendo que as quatro laterais são digitais e configuráveis. Em posição central permanece o conta-rotações analógico.
Por fim, estreia três aplicações para smartphone: Road Trip, para planificar rotas segundo hotéis, restaurantes e pontos de interesse; 360+, um assistente pessoal; e Impact, que calcula a contribuição económica que o utilizador pode fazer para evitar as emissões de CO2 que se produzem durante o andamento.
Em Portugal, o novo 911 já está disponível com preços que começam nos 146.550 euros para o Carrera S e nos 154.897 € para o Carrera 4S.

LINHA DE GERAÇÕES

911: 1963-1973

Apresentado em Frankfurt em 1963, o primeiro 911 chamava-se internamente 356. Chegou ao mercado um ano mais tarde com motor boxer de seis cilindros e 130 CV. Estreou a carroçaria Targa pensada para os EUA, tendo sido produzidas, no total, 111.995 unidades.

Geração G: 1973-1989

Saíram da fábrica 198.496 unidades da segunda geração 911, conhecida por ser a primeira a ter uma versão turbo com até 300 CV de potência na sua última evolução. O aileron “cauda de baleia” marcou uma era.

964: 1988-1994

Da terceira geração foram fabricadas apenas 63.762 unidades, mas não deixou de evoluir tecnologicamente. Proliferaram as versões aligeiradas, a variante Turbo cresceu até aos 360 CV e estreou a tração integral.

993: 1993-1998

Talvez o 911 mais querido de todos. Introduziu o luxo e o requinte. Foi o último com refrigeração a ar e introduziu o duplo turbocompressor. Com esta geração chegou também o primeiro GT2, uma edição limitada com 450 CV. Foram produzidas, no total, 68.881 unidades.

996: 1997-2005

O 911 do novo milénio, o primeiro com refrigeração líquida. Entre as suas 175.262 unidades produzidas, esta geração conheceu uma extensa variedade de carroçarias e versões que ofereciam um máximo de 483 CV de potência.

997: 2004-2012

A sexta geração afinou o criticado desenho do modelo anterior e introduziu versões ainda mais radicais à gama, como o GT2 RS com 620 CV. De igual forma, será recordado por estrear a caixa automática de dupla embraiagem PDK. Saíram da linha de produção 213.004 unidades.

991: 2011-2018

A Porsche segue em ritmo crescente com as 217.930 unidades produzidas do 991. É o último 911 com motor atmosférico nas suas versões “convencionais”. Adotou uma aerodinâmica ativa e regressou ao clássico conceito Targa. O GT2 RS alcançou os 700 CV.

992: 2018…

O novo 911 introduz as mais recentes tecnologias de segurança, ao mesmo tempo que “afina” ainda mais o design clássico. O motor nas versões “S” reclama 450 CV, mais 30 que o anterior. Durante 2019, o novo modelo terá propulsores mais acessíveis e caixa manual.

Ricardo Carvalho

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