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Os carros elétricos não começaram a ser produzido apenas agora, no século XXI. Durante o século passado foram várias as experiências de reconhecidos fabricantes com este tipo de mecânica que deram lugar a veículos mais ou menos solventes e que foram bem acolhidos pelo público.


Um desses construtores foi a Peugeot. O desenvolvimento de carros elétricos na marca francesa não começou apenas com o iON. É preciso recuar até aos anos 20 do século passado para encontrar os primeiros protótipos de veículos elétricos, como o Peugeot 201.

Uma alternativa à escassez de combustível

Ainda que este modelo não tenha chegado a ser produzido em série, a sua experiência serviu para, 20 anos depois, produzir um novo carro elétrico. Foi um marco na história do automóvel e chamava-se Peugeot VLC. Segundo a marca francesa todos os modelos atuais foram buscar inspiração a este modelo. Nasceu, segundo os seus criadores, para assegurar a mobilidade de serviços essenciais durante a Segunda Guerra Mundial.
O VLV foi lançado em 1941, nos momentos mais crus da Segunda Guerra Mundial, e no seio da França ocupada por uma Alemanha Nazi. A Peugeot transformou-se assim na primeira marca de automóvei a comercializar um carro elétrico, apostando num tipo de mobilidade que prescindia completamente de combustíveis fósseis, escassos para os serviços essenciais.

Este Peugeot era o veículo ideal tanto para a distribuição de bens, do correio ou até para o transporte de doentes. O VLV era um mini cabrio de dois lugares e o seu design era original e rompia com todos os outros carros da época. Tinha quatro baterias de 12V que desenvolviam 3,3 CV e podia ser carregado em qualquer tomada, mas levava 10 horas a carregar.
A autonomia oscilava entre os 75 e os 80 km, numeros razoáveis para um carro produzido antes dos anos 80. A sua velocidade máxima era de 36 km/h, transformando-o num carro de utilização urbana. Foram apenas produzidas 377 unidades deste modelo. Quatro anos após o seus lançamento, a sua produção foi interrompida.
Foi o primeiro Peugeot a substituir o Leão do logótipo por um raio dianteiro que simbolizava o poder da energia elétrica. Pesava 365 kg com baterias incluídas. As portas fechavam como as de uma casa e os vidros abriam e fechavam manualmente. Depois de deixar de produzir o VLV, em 1945, só em 1995 a marca voltou ao eletrico com o 106 elétrico que vendeu 3400 unidades em oito anos de produção.

Ricardo Carvalho

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