Muitos dos acidentes de viação que vemos diariamente nas estradas lusas devem-se ao facto dos veículos circularem com pneus de má qualidade, em mau estado, “carecas” ou com rasgos profundos na borracha, o que significa que o bom desempenho de um automóvel na estrada está intimamente ligado ao estado de conservação dos pneumáticos.
Como se tratam de componentes dispendiosos (principalmente agora que a grande maioria dos carros novos vem equipada de série com jantes de 17” ou acima desta medida) os proprietários dos veículos têm uma clara tendência para os substituir mesmo no limite ou para lá dele. Basta que chova um pouco logo após alguns dias mais secos ou que o veículo passe por alcatrão polido a velocidades um pouco mais elevadas que o recomendado, e está dado o mote para o acidente. Preste, por isso, muita atenção aos pneus. A troca de pneus entre eixos pode ser uma boa forma de uniformizar e prolongar o desgaste, tal como o alinhamento frequente e correto da direção bem como a equilibragem de rodas. Quando adquirir pneus novos preste atenção à data de fabrico, localizada na lateral dos mesmos. Evite comprar pneus de marcas pouco conhecidas, não quer dizer que não possam bons, mas serão, com certeza, inferiores aos das marcas mais conhecidas, senão não seriam mais baratos.
Seguem-se 10 conselhos para tentar prolongar um pouco mais a vida útil dos pneus do seu carro.
1 – Atenção à pressão
As temperaturas afetam a pressão dos pneus. Quando existem mudanças radicais no termómetro, os pneus têm tendência para perder pressão. Se habitar em zonas de grandes amplitudes térmicas, redobre os cuidados
2 – De um eixo para o outro
Uma boa forma de uniformizar o desgaste dos pneus é trocá-los entre os eixos. Ao introduzir um par de pneus novos, deve fazê-lo sempre no eixo traseiro, que em caso de perda de aderência, é sempre o mais difícil de controlar, uma vez em andamento.
3 – Prazo de validade
Os pneus também têm data de validade. A duração ideal das propriedades dos componentes que compõem a borracha de um pneu é de cerca de cinco anos. Quando comprar pneus novos, se tiverem mais de dois anos, ainda estão em condições, mas aproveite para discutir um desconto superior.
4 – Desgaste não homogéneo
Verifique com relativa frequência se existe algum desgaste irregular nos pneus do seu veículo. No caso de tal suceder, o condutor deve substituir de imediato os pneus que se encontrem carecas, mas, mesmo que seja só um que se encontre neste estado, terá de trocar os dois. Em seguida deverá alinhar a direção e prestar mais atenção às pressões.
5 – Embelezadores de roda
São para isso que lá estão, se não terá de andar com a jante de ferro preta. Prenda-os bem à jante de aço e para isso pode recorrer a braçadeiras de plástico. Esteticamente podem não ser muito apelativas, mas são garantia de que não vai perder os “tampões”. Para além da função estética, protegem a jantes de agentes exteriores… como da ferrugem e corrosão.
6 – Porcas lubrificadas
Lubrificar as porcas das jantes do seu carro é meio caminho andado para que, em caso de furo, a substituição da roda furada ocorra de forma mais célere. Por isso mantenha-as lubrificadas. Pode fazê-lo com o famoso WD-40. Se nunca foram lubrificadas podem ganhar ferrugem com facilidade que depois de pode estender a outros órgãos.
7 – Jantes bem lavadas
Limpar ou lavar as jantes do automóvel com alguma frequência, evita o aparecimento de manchas e nódoas. Tenha cuidado com os passeios e buracos na estrada. Não estacione o carro com o pneu suspenso no passeio ou pressionado contra o lancil.
8 – Calibrar e alinhar
A verificação do alinhamento da direção deve ser feito a cada 20 mil km. Deverá fazê-lo sempre que comprar pneus novos ou sem que “calibrar” os usados. Ter a direção alinhada vai permitir aumentar a vida útil dos pneus.
9 – As válvulas são importantes
Esteja atento às tampas das válvulas dos pneus. Quando um automóvel não tem tampas nas válvulas dos pneus significa que este está mais suscetível a ter uma fuga, seja pela acumulação de sujidade e humidade na própria válvula do pneu, que também pode ficar inoperacional com a acumulação de terra naquela local.
10 – Nos postos de abastecimento
Sempre que se desloca a uma estação de serviço para colocar ar nos pneus, realize um pequeno teste para perceber se a máquina está a funcionar corretamente. Deve colocar o seu polegar e premir o ar contra a saída do pipo da bomba. Se o dedo ficar molhado, significa que existe humidade no circuito da máquina e que pode provocar variações na pressão dos pneus. Ou seja, pensa que está a colocar o valor correto quando está a “injetar” humidade para dentro do pneu.
Caixa 1
Mesmo seguindo estes nossos dez mandamentos, vai chegar o dia em que terá de trocar os pneus do seu carro. A troca de pneus é muito importante, por isso, a Carros & Motores deixa-lhe mais alguns conselhos que pode seguir quando se decidir pela comprar de uns pneus novos.
1. Use pneus idênticos aos montados de origem;
Utilize quatro pneus do mesmo tipo, em termos de tamanho e de construção, a menos que o construtor do veículo sugira que possam ser usados pneus diferentes de acordo com os eixos. Exceção para uso limitado do pneu sobresselente;
2. Quando instalar pneus com padrão direcional, colocar a marca de direção impressa no pneu de acordo com a direção de rotação do pneu;
3. Instale pneus com padrão não simétrico de acordo com as instruções de instalação impressas nos pneus, tais como “lado virado para o exterior” e “lado virado para o interior”;
4. Utilizar jantes adequadas às especificações dos pneus. O diâmetro exterior da jante e o interior do pneumático devem ser coincidentes.
5. Não instale pneus em jantes danificadas ou que foram soldadas durante a sua reparação;
6. Siga as instruções do manual do construtor do veículo ou da placa de informação sobre pressão de ar dos pneumáticos para manter a pressão correta. Não aumente ou reduza a pressão de ar de um pneumático quando este se encontra quente depois de conduzir. A pressão de ar excessiva ou reduzida é perigosa e pode provocar um acidente ou danificar o pneu;
7. Substitua imediatamente o pneu sempre que se verifiquem algumas das seguintes situações: a) se existem cortes; b) se se vêm os cabos ou arames; c) se existem gretas ou cortes profundos que exponham as capas de nylon.
8. Não aperte excessivamente os parafusos da roda. O ideal é utilizar uma chave dinamométrica.