O “lugar do morto” tem fama de ser o mais perigoso do carro, mas qual será o mais seguro em caso de acidente? Precisamente, aquele que você evita mais vezes!
Desde os tempos em que os cintos de segurança ainda não eram obrigatórios e era comum o “pendura” sair projetado pela janela em caso de colisão, o assento do passageiro dianteiro tem fama de ser o mais perigoso para viajar. Porém, nas últimas décadas, a indústria investiu fortemente na segurança e na protecção dos ocupantes, adultos ou crianças. E deixou de haver consenso nesta matéria. Durante anos, os especialistas defenderam que os assentos dianteiros oferecem maior segurança, teoria que o Instituto de Seguros para Segurança Rodoviária dos Estados Unidos (IIHS) comprovou com base num estudo que reuniu de 117 acidentes de viação em que os passageiros traseiros ficaram gravemente feridos ou acabaram mesmo por falecer. De acordo com esta entidade, as lesões mais comuns ocorreram no tórax e sempre com maiores danos provocados nos passageiros traseiros, devido à falta de airbags de impacto dianteiros e tensores nos cintos de segurança.
No entanto, essa teoria parece estar ultrapassada e os novos estudos revelam que o assento mais seguro fica na fila de trás, exatamente ao centro. Provavelmente, o mais incómodo de todos e aquele que você evita sempre que pode!
A Mapfre é uma das entidades que realizou estudos que o comprovam. Enquanto a Driver Association, através de um dos seus especialistas em mobilidade, Dominic Wyatt, revela que os passageiros que ocupam o banco traseiro central têm uma taxa de sobrevivência em caso de acidente de viação “16% superior em comparação com aqueles que se sentam nos assentos laterais do banco traseiro.
Para o especialista em mobilidade da International Driver Association, “uma viagem de carro ideal combina segurança com conforto. Mas, por vezes, estes fatores não andam de mãos dadas”.
Ao contrário, parece que continua a ser unânime que o lugar mais perigoso é o do passageiro da frente, pois está mais sujeito a receber impactos em colisões frontais, devido ao movimento involuntário que os automobilistas tendem a executar no último momento para evitar o obstáculo e a colisão.