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Nova Receita Para a “Pão de forma”

Volkswagen T6 conhece primeira renovação

Hoje as linhas já não suscitam a mesma comparação, mas a Volkswagen Transporter ficou conhecida como “pão de forma”. O modelo já vai na sexta geração, que em novembro conheceu uma primeira renovação. Fomos conhecer as novidades a Amesterdão…

A Volkswagen Transporter é um verdadeiro ícone da indústria automóvel e uma das maiores referência ao nível dos veículos comerciais. Disso ninguém pode ter dúvidas! O modelo original foi apresentado à imprensa em 1949, já lá vão 70 anos. O que faz da Transporter o modelo da sua classe com maior longevidade.
Os números também expressam o sucesso da gama Transporter: até final de 2018 tinham sido vendidas 9.516.373 unidades. A primeira geração, a que mais tempo esteve em produção, foi lançada em 1950 e só conheceu substituta em 1967. A segunda geração, foi não só a de maior sucesso – a única que vendeu mais de dois milhões de unidades – como a que se produziu durante menos tempo: apenas 12 anos. A atual geração, a sexta, designada por T6, surgiu em 2016 e até final do ano passado já tinha superado as 700 mil unidades vendidas. Estes números fazem perspectivar um novo recorde. A renovação agora apresentada, será, com certeza, uma alavanca nesse sentido: trata-se apenas de uma nova receita, para continuar a vender uma “pão de forma”.

Três modelos e múltiplas variantes

Aspecto comum a esta renovação, que os portugueses somente irão conhecer em meados de novembro próximo, é o facto da gama assentar exclusivamente no motor 2.0 TDI, atualizado face às mais recentes normais europeias de emissões e consumos: Euro 6d.
Para este turbodiesel de “dois litros” com quatro cilindros em linha, a Volkswagen propõe quatro variantes distintas, com potências de 90, 110, 150 e 199 cv. Todas as motorizações podem ser oferecidas com tração dianteira, ficando a opção 4MOTION, de tração integral, reservada para os níveis superiores – de 150 e 199 cv – e somente com caixa automática DSG de 7 velocidades. Em contrapartida, as versões menos potentes, de 90 e 110 cv, apenas recebem a caixa manual de 5 velocidades. Com o motor 2.0 TDI 150 cv, seja com tração dianteira ou 4×4, a Transporter pode montar quer uma caixa manual de seis velocidades, quer a DSG de 7 velocidades.
Rolámos por Amesterdão ao volante do furgão com motor de 110 cv – a motorização mais vendida em Portugal – e apreciámos a suavidade com que avançamos por entre canais. Carregada com 500 quilos de chumbo, a Transporter pareceu não acusar o peso e até revelou um comportamento mais estável do que quando a conduzimos sem carga. Experimentámos também a Caravelle, de nove lugares. Neste caso, conduzimos a versão de 150 cv com transmissão automática e desfrutámos de um interior incomparavelmente mais rico, que nos fez apreciar não só o desempenho mais vivo, como ainda o conforto, bem mais elevado. Terminámos este contacto com um passeio ao volante da Multivan, de sete lugares. E novamente conduzimos a combinação 150 cv/DSG 7 velocidades, reforçando a impressão de desempenho eficiente e de elevado conforto, para não dizermos superior, pois a Multivan é a variante de passageiros com as possibilidades de equipamento mais ricas.

E como reconhecemos a nova Volkswagen T6.1? Visualmente, as novidades são mínimas: descobrimos, à frente, uma nova moldura no pára-choques e uma grelha de maiores dimensões, além das luzes de presença em LED. Há ainda novos desenhos para as jantes em liga leve, na versões que as montam, e também a luz instalada no óculo traseiro é em LED. No interior, o tablier, os estofos e os forros das portas são novos, registando-se um notório enriquecimento do equipamento, em todas as versões. E as mais ricas podem mesmo receber, em opção um “cockpit virtual”.
O mais importante, destas novidades, não está visível. É a tecnologia que a T6.1, que conta com 20 sistemas de assistência à condução, dos quais nove são novos. E entre as novidades, realçamos o sistema de assistência com ventos cruzados: trata-se de uma nova função do controlo electrónico de estabilidade, que visa compensar os efeitos de ventos cruzados, como os que ocorrem após a ultrapassagem a um camião. No mínimo, este sistema vai livrar os condutores de muitos sustos!

Até 3,3 metros de comprimento de carga

Uma das novidades da T6.1 é a possibilidade do furgão Transporter carregar no interior peças com até 3,3 metros de comprimento, graças a uma “janela” que se abre sob os bancos laterais. Com esta novidade, na versão com distância entre eixos de 3,4 metros, o comprimento da carga pode subir 40 cm. Na versão normal, com 3,0 metros entre eixos, que mede um total de 4,904 metros, o acréscimo é de apenas 35 cm, para um total de 2,8 metros. Além disso, também sob os bancos, dispomos de um compartimento para pequenas bagagens, com chave, para maior segurança!

Texto: Alexandre Correia

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