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Nissan procura investidor para sobreviver aos próximos 12 meses

A Nissan Motor Corporation está à procura de um novo investidor, numa altura em que a empresa se debate com o que designou por “modo de emergência” durante uma conferência de imprensa no início deste mês.

As medidas incluem o corte de 9.000 postos de trabalho, a redução de 20% da sua capacidade de produção global, a venda das suas acções na Mitsubishi e o adiamento do lançamento de novos modelos. De acordo com um responsável da Nissan, a marca poderá ter apenas 12 a 14 meses para dar a volta à situação e garantir a sua sobrevivência.

Enquanto tudo isto acontece, a Renault está a vender ações da Nissan. Durante algum tempo, chegou a deter 46% da marca japonesa. Agora, está abaixo dos 40% e vai continuar a descer. Ao mesmo tempo, a Honda está a finalizar um acordo com a Nissan para o desenvolvimento conjunto de veículos elétricos.

De acordo com o Financial Times, pelo menos dois altos funcionários anónimos da Nissan confirmaram que a marca está à procura de um novo investidor principal. “Temos 12 ou 14 meses para sobreviver”, disse um deles ao FT. “Isto vai ser difícil. E, no final, precisamos que o Japão e os EUA estejam a gerar dinheiro”, acrescentou o funcionário sénior. Dito isto, é plausível que a Honda possa intervir para ser esse investidor-âncora ou mesmo que a Renault possa vender acções da Nissan diretamente à marca rival.

Claro que tudo isto pode fazer com que se lembre de uma história de agosto. Foi nessa altura que a joint-venture entre a Honda e a Nissan foi anunciada pela primeira vez. Foi também nessa altura que o antigo CEO da Nissan, Carlos Ghosn, fez uma previsão bastante ousada.

“Não consigo imaginar nem por um momento como vai funcionar entre a Honda e a Nissan, a menos que seja uma aquisição disfarçada pela Honda da Nissan e da Mitsubishi, com a Honda no lugar cimeiro”, disse Ghosn na altura. “Vai ser uma aquisição, uma aquisição disfarçada”.

Essa possibilidade ainda parece estar em cima da mesa. Quer a Nissan tenha várias opções para a sua sobrevivência ou apenas algumas, estar em “modo de emergência” está longe de ser uma posição invejável. Contactámos a Nissan para comentar o relatório, mas ainda não recebemos uma resposta.

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