São vários os modelos da Mazda que têm atingindo os 30 anos de vida, factor que lhes abre as portas a esse estatuto de clássico. Cada um deles tem contribuído, à sua maneira, para a história e evolução do automóvel, tendo ajudado a definir toda a herança e alma da Mazda.
O Mazda MX-5 é, talvez, o modelo que melhor representa essa herança e a essência da marca japonesa. Inspirado nos económicos roadsters das décadas de 1950 e ‘60, a Mazda desenhou a primeira geração do MX-5 (“NA”) incorporando-lhe a tradicional relação de condução – Homem e máquina como um todo – de acordo com o princípio Jinba Ittai.
Quando o “NA” foi lançado na Europa em 1990, o modelo esgotou quase de imediato, deixando muitos compradores em lista de espera durante um ano, para finalmente conseguirem o seu exemplar. Nesse ano foram vendidas cerca de 14.000 unidades na Europa, incluindo 2.290 exemplares de uma edição limitada com carroçaria pintada na cor British Racing Green, naquela que foi a primeira Edição Especial do MX-5 para a Europa.
Graças ao seu design e construção de baixo peso, ao seu imbatível e divertido comportamento dinâmico e preço acessível, o MX-5 fez renascer um segmento de mercado virtualmente extinto.
De facto, viria a tornar-se no veículo de dois lugares mais popular de sempre, tendo, presentemente, vendas acumuladas de mais de 1,1 milhões de unidades, divididas pelas suas quatro gerações. Elogiado pela sua pureza e fiabilidade, o “NA” é, ainda hoje muito popular, sendo uma presença habitual em eventos de modelos clássicos um pouco por toda a Europa e representa o núcleo de uma coesa e vasta comunidade global dedicada ao MX-5, representada por inúmeros clubes que se dedicam, em exclusivo, ao automóvel considerado por muitos como aquele que proporciona “a melhor média de sorrisos por cada 100 quilómetros”. Não é por acaso que a Mazda desenhou a atual geração (“ND”) de forma a representar aquilo que os fãs mais apreciam no MX-5 “NA”, o original.
Depois do MX-5, surgiram na Europa dois novos modelos da família “MX”, com a revelação do Mazda MX-3 e do Mazda MX-6 no Salão de Frankfurt de 1991. Normalmente utilizada por concepts e protótipos da Mazda, a denominação “MX” sempre se destacou por ser aplicada em projetos especiais da Mazda e estes coupés de produção, pouco convencionais, não eram excepção.