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A Mercedes-Benz lança importante versão de acesso a gasolina na forma do A 160, variante que recorre a motor de 1.3 litros com 109 CV. O objetivo é claro: capitalizar com o aumento das vendas a gasolina e democratizar-se ainda mais no mercado nacional.

Outrora desejo de muitos, mas ao alcance de poucos, os Mercedes-Benz democratizaram-se. A responsabilidade coube em grande medida ao Classe A, que desde a sua reinterpretação passou a ser assumido como o ‘degrau’ de entrada na marca alemã.
Agora, na nova geração do bem-sucedido compacto, a democratização conhece mais uma etapa com a chegada da versão A 160, uma opção que também beneficia da crescente popularidade da gasolina face ao Diesel.
Eis o pano de fundo para este A 160, equipado com o novo motor de 1.3 litros desenvolvido em parceria com a Aliança Renault-Nissan (a marca alemã garante uma adaptação profunda deste bloco para os seus modelos) e com um trabalho muito especial dedicado à suavidade de funcionamento, devendo também muita da sua agradabilidade à redução das fricções internas para maior eficácia.

Motor de 1,3 litros

Protagonizando uma boa surpresa no refinamento, o motor do A 160 também obtém ótima impressão no capítulo das recuperações, mesmo quando o ponteiro das rotações desce abaixo das 1.500 rpm. Aliás, o binário máximo de 180 Nm está disponível logo às 1.350 rpm, o que lhe proporciona respostas decididas numa ampla faixa de rotações, com essa mesma elasticidade a conferir uma sensação de condução muito enérgica. Essa impressão positiva beneficia também do escalonamento correto da caixa manual de seis velocidades com manuseamento suave. No entanto, atendendo aos seus 109 CV, também é natural que não seja propriamente desportivo…
Assim, pense-se neste A 160 como um formato ‘light’ do A 200 (com este mesmo 1.3, mas em variante de 163 CV) e está perfeitamente de acordo com esse espírito, até porque uma das suas mais-valias é a conjugação dessa desenvoltura nas respostas com a moderação nos consumos. A Mercedes indica uma média homologada de 5,5 l/100 km e, na prática, é fácil andar na fronteira entre os cinco e os seis litros. No caso do ensaio, obtivemos uma média de 6,1 l/100 km, o que é um bom indicador da sua competência neste aspeto. Tira partido de um sistema start-stop muito eficiente e do modo ECO do Dynamic Select para maior economia. No lado oposto, o modo Sport apela a maior desportividade, mas as diferenças na resposta do acelerador, essencialmente, são ténues.

Bem afinado

om maior distância entre eixos (3 cm), o chassis do novo Classe A prima pelo acerto equilibrado, conferindo sensação de agilidade e ligeireza que no caso deste A 160 acaba por valorizar o desempenho do motor. Mesmo que conte com eixo traseiro simplificado de barra de torção, curva de forma eficaz, ao mesmo tempo que revela bom amortecimento no mau piso, algo a que não é alheio o conjunto de jantes de 16” com pneus 205/60. Dessa forma, o conforto está resguardado sem retirar pontos ao dinamismo, mesmo que seja nas variantes mais potentes que melhor se possa aproveitar a competência do chassis e a precisão da direção.
No habitáculo, o elemento tecnológico inovador do MBUX (Mercedes Benz User eXperience) mantém-se, mas sofre um ligeiro ‘downgrade’ face àquilo que já ensaiámos noutros modelos da marca. A primeira diferença está na dimensão dos ecrãs que compõem o tablier, ambos de 7”, sendo menores do que os de 10″ (opcionais por 550 €) que dão um outro aspeto ao interior. No entanto, assuma-se que esta é mais uma questão estética do que funcional, já que ambos permitem personalização e fácil visualização, além de resposta aos comandos vocais ‘Hey Mercedes’.
Sem críticas a apontar, a qualidade de construção e os materiais escolhidos remetem para o universo premium, sendo também de destacar o espaço a bordo para os passageiros: nos lugares posteriores, sem problemas ao nível da colocação das pernas, na largura e em altura (ainda que ocupantes mais altos possam encontrar na linha descendente do tejadilho um entrave). Nota ainda para as duas portas USB-C atrás e para os 370 litros da bagageira, na média do segmento.
A lista de equipamento da unidade ensaiada pode-se considerar bem preenchida na unidade ensaiada, contando com os dispositivos essenciais que, nos tempos que correm, passam em grande medida pelos sistemas de conectividade e de assistência, como os de alerta de saída de faixa ou a travagem automática, o que torna o preço de 27.599 € mais apelativo.

CONCLUSÃO

Em virtude do preço e do equipamento relativamente completo, percebe-se que o A 160 possa vir a assumir-se como um favorito das ‘rent-a-car’ e dos particulares que prezam, antes de mais, o símbolo e o estatuto por ele aportado de qualidade premium. Junte-se o motor eficaz e poupado e tem-se aqui um conjunto de bons argumentos para uma ainda maior democratização.

Texto Miguel Silva / Fotos Paulo Calisto

Mercedes-Benz A 160

FICHA TÉCNICA

TIPO DE MOTORGasolina, 4 cilindros em linha, turbo
CILINDRADA1.332 cm3
POTÊNCIA109 CV às 5.500 rpm
BINÁRIO MÁXIMO180 Nm entre as 1.375 e as 3.500 rpm
V. MÁXIMA200 km/h
ACELERAÇÃO10,9 s (0 a 100 km/h)
CONSUMO (WLTP)5,5 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP)127-132 g/km
DIMENSÕES (C/L/A)4.419 / 1.796 mm / 1.440 mm
PNEUS205/60 R16
PESO1.350 kg
BAGAGEIRA370-1.210 l
PREÇO27.559 €
GAMA DESDE26.600 €
IUC136,72
LANÇAMENTONovembro de 2018

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