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Maserati está a trabalhar num plano de relançamento

Depois da saída do português Carlos Tavares, a Maserati fez reset e promete relançar-se já nos próximos meses. Qual o plano?

Não passa um dia sem que se fale da Stellantis e das suas marcas, após a demissão de Carlos Tavares. Agora, é a vez da Maserati, para a qual “é necessário um plano próprio”.

Foi o que afirmou Jean-Philippe Imparato, o novo diretor de operações europeias da Stellantis, após um encontro com o Ministério do Made in Italy. Assim, a Maserati não será abandonada, embora haja muito trabalho a fazer. Segundo o executivo francês Santo Ficili, o número um da marca, “estamos concentrados num plano de relançamento”.

Um plano que terá de partir dos números negativos de 2024, com a Maserati abaixo das 10.000 unidades vendidas. Registos que falam de uma crise profunda, com modelos já retirados e novos veículos (especialmente elétricos) incapazes de arrancar ou atrasados. Como o novo Maserati Quattroporte, previsto para 2025 e adiado para 2028.

Para 2025, portanto, a única novidade deverá ser o MC20 Folgore, o coupé desportivo em versão 100% elétrica. O plano anterior previa igualmente a chegada dos novos Ghibli e Levante, que ainda não se viram.

A reunião com o Ministério serviu para Imparato reiterar o que disse há dias, nomeadamente o compromisso da Stellantis em Itália, a começar por Mirafiori.

“Não vamos caminhar para a extinção de Mirafiori, porque vamos ter um novo carro, o Fiat 500 híbrido. Temos de trazer um produto e, por isso, teremos também de trazer pessoas, trabalhadores, tendo em conta a passagem de gerações. Não tenho dúvidas sobre a continuidade da atividade neste centro”.

Um objetivo que, no entanto, deixou os sindicatos indiferentes. “A mudança de ritmo na Stellantis deve ser concretizada com notícias concretas sobre investimentos e novas produções”, afirma Ferdinando Uliano, secretário-geral da Fim-Cisl.

“A nossa opinião não mudou e é negativa, embora compreendamos as dificuldades que a Stellantis está a atravessar com a mudança de CEO. O que nos disseram hoje não pode ser suficiente e, provavelmente, o que dirão na mesa do Mimit também não será suficiente”, disse Rocco Palombella, secretário-geral da Uilm.

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