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A Câmara Municipal de Madrid lançou a Operação Asfalto 2024, que irá melhorar a pavimentação de um total de 323 ruas nos 21 bairros da cidade, numa área de 930.000 metros quadrados. Mas o aspeto mais marcante do projeto é a utilização de asfaltos aromatizados.

Trata-se de um projeto-piloto iniciado pelo Departamento de Obras e Equipamentos. O asfalto utilizado é fabricado com aditivos que proporcionam diferentes aromas sem comprometer o seu desempenho técnico habitual.
Desta forma, o objetivo é melhorar o cheiro durante as operações de pavimentação e “minimizar o incómodo causado por estes trabalhos de reparação e manutenção”, como explicou o Presidente da Câmara de Madrid, José Luis Martínez-Almeida.

O objetivo deste projeto-piloto é otimizar e aperfeiçoar a técnica, bem como analisar a durabilidade do odor ao longo do tempo em função de diferentes factores, como o tipo de odor em si, a passagem do tráfego, as temperaturas, o efeito da água, o tipo de ruas, etc.
A campanha anual de asfaltamento tem como objetivo renovar os pavimentos das estradas com critérios de sustentabilidade. Com a execução destas ações, o conforto e a segurança dos utentes serão melhorados e os níveis de ruído e de poluição atmosférica serão reduzidos.


O fabrico destes asfaltos aromatizados foi confiado à Padecasa, a empresa adjudicatária de um dos lotes do acordo-quadro para as obras de renovação rodoviária do Consistório, em colaboração com a Universidade Alfonso X el Sabio e a Kao Chemicals Global.
As obras já começaram na Calle Jazmín e têm um orçamento de 16,4 milhões de euros. Implicarão a utilização de cerca de 110.000 toneladas de asfalto, a maior parte das quais serão misturas asfálticas mais sustentáveis do que as tradicionais misturas a quente.

Trata-se de um sistema em que a mistura é fabricada com aditivos ou técnicas que reduzem a viscosidade do betume e permitem que as misturas sejam fabricadas a uma temperatura mais baixa, mas com características mecânicas e de durabilidade semelhantes às tradicionais.
Uma das principais vantagens é que o seu fabrico reduz as emissões de gases poluentes como o CO2 e o SO2 e metade dos compostos orgânicos voláteis. Para além disso, a exposição dos trabalhadores a fumos, hidrocarbonetos e odores é reduzida.

Além disso, a temperatura mais baixa também reduz o consumo de energia em 11-35% e permite que o trabalho seja efetuado a temperaturas ambiente mais baixas.
Finalmente, um terço da superfície pavimentada será tratada com um tratamento de descontaminação fotocatalítica de alto rendimento que eliminará cerca de 6,2 kg de NOx por ano, o que equivale a eliminar a poluição produzida por cerca de 60.000 veículos a gasóleo por ano.

Ricardo Carvalho

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