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Os Lamborghini elétricos e os híbridos mais avançados estão a chegar. A marca de supercarros não está a planear simplesmente trocar a gasolina por eletrões e continuar como se nada tivesse mudado.

É o que se conclui de uma recente reportagem do Top Gear com o Diretor Técnico da Lamborghini, Rouven Mohr. Fala longamente sobre o caráter de um futuro em que o som de um motor e a ligação de uma caixa de velocidades com mudanças manuais não existem. Para preencher esse vazio, diz que marcas como a Lamborghini têm de ser progressivas na procura de novas formas de fazer com que as pessoas queiram ter carros. Segundo ele, uma aceleração espetacular não é suficiente.

“O carácter é definido por outras coisas”, afirmou ao Top Gear. “Acho que temos algumas ideias interessantes. No próximo um ano ou dois, mostraremos as nossas ideias. Está muito longe de ser o tempo de aceleração dos zero aos 100 km/h. Isso não é algo que gera diversão”.
É uma afirmação ousada, considerando que praticamente toda a gente olha para a aceleração como uma métrica fundamental para o desempenho. E os fabricantes de automóveis adoram gabar-se dos tempos rápidos – quanto mais depressa se vai, mais emocionante é a viagem.

Os motores elétricos com binário instantâneo são excelentes para proporcionar uma aceleração de cortar a respiração, mas Mohr sugere que a velocidade em linha reta sem o som de um motor é uma imitação do que já foi feito. Ele prevê um futuro em que as vantagens da energia elétrica sejam utilizadas de outras formas para gerar entusiasmo.

Ricardo Carvalho

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