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O tema do furto/roubo de automóveis, presente no capítulo da segurança, permanece de forma notória a cada dia, impactando a atividade de entidades variadas e, obviamente, dos intervenientes diretos da ocorrência.

Embora Portugal esteja cimentado como um dos países mais seguros a nível europeu, nem por isso as ocorrências ao nível de roubo e furto automóvel merecem menos preocupação (revelam-se como um dos principais crimes).

Segundo os registos globais da criminalidade participada em Portugal, os dados fornecidos pelo Relatório de Segurança Interna de 2019 indicam que neste ano foram roubados 126 veículos em Portugal (+16% face ao período homólogo), com recurso a violência, ou seja, pelo método de carjacking. Na rúbrica “Furto a Veículo Motorizado” foram registadas 1401 ocorrências (+15,8% face ao período homólogo).

Segundo dados de outubro 2020, a média mensal de furtos de automóveis em Portugal no ano 2020 foi de 270, e é no Grande Porto que se regista o maior número de casos. Nesta região, no primeiro trimestre de 2020, foram furtados 541 carros, mais 21 face ao período homólogo.

Na região de Lisboa, o número caiu de 484 em 2019 para 468 em janeiro, fevereiro e março de 2020. Lisboa, Porto e também Setúbal, destacam-se assim como os distritos mais “propícios” para estas ocorrências, representando mais de dois terços dos casos registados. Os três primeiros meses do ano são os que registam, em média, o maior número de ocorrências, e no que respeita às horas mais propícias para ocorrência deste tipo de crime, os registos dão-se no período entre as 19h00 e as 00h00, seguido do período 00h00 e 07h00.

No campo dos principais meios de coação nos roubos de viaturas onde existe interação entre o lesado e o criminoso, a arma de fogo é o meio mais utilizado, seguindo-se o recurso à coação física e à arma branca. Este tipo de crime é frequentemente praticado em grupo, de dois ou mais indivíduos.

Ainda que o furto e roubo sob violência de viaturas tenha vindo paulatinamente a reduzir desde 2010, ano em que se participaram 20.287 ocorrências e 380 roubos confirmados, esta é uma problemática que merece especial foco na sua prevenção, sendo fundamental que o cidadão percecione um sentimento de segurança, ou não fosse esta um dos pilares fundamentais de uma sociedade democrática.O furto de veículos poderá ocorrer de diversas formas, tendo vindo a verificar-se uma crescente sofisticação dos métodos utilizados, como por exemplo a clonagem da rádio-frequência das chaves.

Os especialistas da DEKRA aconselham alguns cuidados a ter, como por exemplo, em casa, evitar guardar a chave do automóvel perto da porta da rua, para evitar que esta possa ser clonada com um equipamento eletrónico, operado do lado de fora da porta. Relativamente ao furto de componentes, como por exemplo as rodas, a DEKRA aconselha a guardar as porcas de segurança em local seguro, diferente do compartimento habitual juntamente com o kit de ferramentas do veículo.

Aconselha-se também, sempre que possível, que o estacionamento em período noturno seja feito em locais bem iluminados, preferencialmente junto azonas residenciais. Outro dos números emfrancocrescimento, está relacionado diretamente com o furto de peças dos veículos, que deriva da constante evolução da tecnologia, associada à elevada inflação dopreço dos componentes que equipam o automóvel.

A DEKRA tem vindo a colaborar de perto com as autoridades dediversos países, assim como com seguradoras, com o objetivo de proceder à identificação pericial e à recuperação e veículos furtados/roubados, tanto a nível nacional como internacional. Noventa por centro dos veículos recuperados são provenientes de Espanha, França e Inglaterra, existindo também registo de veículos recuperados em países do leste da Europa.

Ricardo Carvalho

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