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Francisco: o Papa que fugia ao protocolo num Fiat 500

A morte do Papa Francisco marca o fim de um pontificado marcado pela simplicidade e pela rejeição do luxo excessivo—um reflexo claro nas suas escolhas automóveis. Ao contrário dos seus predecessores, que muitas vezes recorreram a veículos blindados e luxuosos, Francisco preferia carros modestos, alinhados com o seu discurso de humildade e preocupação social.
Escolher a Simplicidade  
Desde o início do seu papado, Francisco rejeitou o tradicional papamóvel blindado em favor de viaturas mais acessíveis. No Vaticano, optava por um Ford Focus, um carro comum, com quase 20 anos, longe dos Mercedes-Benz ou BMW frequentemente associados a figuras de alto escalão. “Um carro simples para um Papa humilde”, como definiu Gary Stibel, CEO da New England Consulting Group.
Contudo, nada causou maior sensação do que a imagem de Francisco durante a sua visita histórica aos Estados Unidos, em 2015, a bordo de um simples um Fiat 500.
O modelo escolhido — um 500L, versão alongada do clássico reinventado — contrastava com as enormes limusinas e SUVs blindados da comitiva de segurança norte-americana. Enquanto a cena do pequeno Fiat estacionado em frente à Casa Branca se tornou numa das mais icónicas da história moderna.
A mensagem era clara: Francisco mantinha o seu estilo despojado, mesmo num país onde os carros são quase um símbolo nacional.
Em Portugal: Um SUV 
No Vaticano, o já famoso Fiat 500 branco (em vez do preto, que usou nos EUA) funcionava já como imagem de marca em todas as suas deslocações, oficiais ou não.
Durante a sua visita a Portugal, o Papa optou por um veículo igualmente modesto em vez do tradicional papamóvel. A sua primeira deslocação no país foi feita num Toyota Corolla Cross, um SUV híbrido, também branco, com a matrícula SCV 1, que é utilizada em viagens oficiais do Sumo Pontífice.

Na altura da visita do Papa, a variante mais potente no mercado era a de 2.0 litros, com 197 CV, enquanto a opção de 1.8 litros (140 CV) ainda não estava disponível na Europa, com previsão de chegada para o segundo semestre de 2023.

Francisco deixou claro que, para ele, a humildade não era um gesto ocasional, mas um caminho: “Quem tem poder não é mais importante; no Reino de Deus, o critério é o serviço”. O seu Fiat 500 branco e o Toyota híbrido em Portugal foram mais do que escolhas práticas — foram símbolos de um Papa que preferiu meios simples para percorrer estradas maiores…
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