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A propósito do lançamento do CUPRA Born, no passado dia 25 de maio, a Carros & Motores entrevistou Francesca Sangali, responsável máxima pela cores e revestimentos das marca SEAT e CUPRA e trocou com ela algumas ideias sobre o novo modelo, dentro do âmbito que é responsável.

Para esta italiana uma imagem vale mais do que mil palavras. E é no Concept Lab da CASA SEAT, que a equipa de Design e Color&Trim projeta os veículos e os serviços de mobilidade, os moodboards demonstram-no diariamente.

“A inspiração está em toda a parte e Barcelona está cheia dela. Nas ruas, lojas, cafés e museus existem aquele contraste de luz e cor que tanto a caracterizam”, afirma Francesca Sangali. A designer costuma perde-se nos arredores da CASA SEAT e, com a câmara na mão, percorre o bairro de Gracia com avidez exploratória.

“Se encontrarmos uma imagem que acreditamos que pode vir apoiar as mensagens-chave do que vamos projetar, capturamos e penduramos na parede.” Em seguida, o trabalho criativo começa ao combinar essas fotografias com outras da internet, palavras, tecidos, amostras de cores… Tudo para conseguir uma representação visual que a equipa procura em cada projeto.


Como começou a parceria com a SEAQUAL?

Basicamente a SEAQUAL está localizada muito perto de Barcelona, em Girona, e trata-se de uma comunidade muito interessante que tem por função limpar o oceano e utiizam o lixo e transformam-no em plástico reciclado. Nós, na CUPRA, tivemos conhecimento do que faziam e fizemos uma abordagem no sentido de comprar os materiais sendo que a partir dele produzimos os nossos têxteis e com eles forramos os bancos do CUPRA Born. É óbvio que se trata de uma parceria muito interessante por é um passo na direção da sustentabilidade. E se nós podermos utilizar material reciclado e soubermos que ao mesmo tempo estamos a limpar os oceanos e a facilidade com que chegamos a esta parceria foi tão grande que estamos realmente satisfeitos com o que alcançamos.

E vão utilizar este tipo de tecido apenas no Born? Só nos modelos elétricos, nos híbridos?

É verdade que inicámos esta parceria com um elétrico porque pensamos que o Born seria o modelo perfeito para introduzir este material, porque é o primeiro modelo elétrico da CUPRA, por isso foi uma mensagem muito importante que a CUPRA transmitiu para dar início ao percurso na direção de uma caminho sustentável… É verdade que este foi o primeiro modelo a utilizar este material, mas não será o último O objetivo é continuar com esta parceira e aplicá-la em outros modelos.
Temos a parceria e voltamos a falar com eles quando precisamos de mais material para outro carro, visitamo-los e damos conta do interessa em utilizar de novo os seus produtos.

E o leque de cores do Born? São todas escuras?

Não, não apenas as escuras, todavia o Born vai um pouco ao encontro destas tonalidades. A ideia é apostar em cores neutras. A nossa palete de cores é diferente das outras marcas. Elas utilizam as cores normais e nós utilizamos a cor de uma forma específica e damos um “twist” aos neutros, conferindo-lhes mais caráter. Todas as cores que utilizamos para o exterior ou para o interior, são sempre neutras com um twist. Tentamos desenvolver um gráfico holístico para se obterem cores destas tonalidades. O tema gráfico está sempre no seio da CUPRA e no Born utilizamos sempre tonalidades sofisticadas. São cores escuras, mas muito leves.

É desafiante para si desenvolver este tipo de cores para uma marca como a CUPRA?

Sim é um desafio. Tentamos não seguir o que o mercado tem estabelecido. Tentamos ser diferentes. O que tentamos fazer é tornar a palete de cores mais sofisticada com um toque de desportividade. Significa um desenvolvimento mais assertivo, maior risco e, claro, um desafio.

 

Ricardo Carvalho

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