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Ford Transit Custom Plug-in Hybrid: romper o paradigma

A oferta de veículos comerciais entra no campo da eletrificação. A chegada do novo limite médio de emissões de 95 g/km de CO2 e os compromissos dos fabricantes para oferecerem produtos cada vez mais limpos, implica que o foco de atenção também se estenda ao segmentos dos veículos comerciais ligeiros. A Ford tem uma interessante alternativa para empresas, comprometida com o meio ambiente que dá pelo nome de Transit Custom Plug-in Hybrid.

A Ford inova ao introduzir no segmento dos furgões com uma tonelada, a tecnologia híbrida plug-in. Esta versão foi revelada há alguns meses e agora podemos conduzi-la pelas estradas em volta de Estocolmo. O modelo está disponível tanto em versão furgão de mercadorias como furgão de passageiros. Este grande passo no desenvolvimento de veículos comerciais serviu à Ford para ser distinguida com o título de “International Van of the Year 2020”.

O que torna esta Transit assim tão especial?

A resposta é simples. O seu sistema de propulsão híbrida plug-in. Ao contrário do resto dos modelos com esta configuração, a Transit Custom e Tourneo Custom Plug-in Hybrid são impulsionadas exclusivamente por energia elétrica, apesar de contarem com um motor 1.0 EcoBoost a gasolina. O motor de combustão interna não está fisicamente ligada às rodas do veículo, atua apenas como um extensor de autonomia (gerador) que fornece eletricidade à bateria para prolongar a autonomia combinada até aos 500 km. Trata-se de uma configuração idêntica à que utilizam modelos como o BMW i3 REX, onde o motor elétrico, alimentado por uma bateria de iões de lítio de 13,6 kWh, encarrega-se de locomover a Ford Transit Custom Plug-in, enquanto o motor a gasolina com 125 CV tem como missão produzir eletricidade para recarregar a bateria e ajudar a que esta Transit obtenha um leque de autonomia suficiente para as suas utilizações profissionais. Tanto a Transit como a Tourneo Custom Plug-in Hybrid podem ser ligadas a um ponto de carga a partir de uma tomada que existe à frente do lado esquerdo. Assim, o furgão elétrico da Ford consegue uma autonomia elétrica de até 56 km. A bateria pode ser carregada a partir de uma fonte de alimentação doméstiva de 240 V e 10 Ah em 4,3 horas, tempo que pode ser reduzido para as 2,7 horas se se optar por um carregador de veículos do tipo 2 CA.

Como acontece em outros modelos elétricos, a Transit Plug-in Hybrid conta com quatro modos de condução distintos que são a chave para obter maior eficiência na poupança de combustível. Os modos são selecionáveis a partir de um botão colocado à direita do volante, no tabler e podes escolher entre: EV Auto, um modo que porporciona a combinação ótima de rendimento e eficiência. Encarrega-se de controlar os níveis de energia da bateria e, em função do tipo de condução que façamos no momento, escolhe se ativa ou não o motor de combustão para regenar o nível de carga; EV Now, dá prioridade à utilização da energia armazenada na bateria para uma condução sem emissões, desativando o extensor de autonomia até que o nível de carga se encontre no nível mínimo EV Later, ativa o motor a gasolina e aproveita a carga regenerada para manter os níveis de carga da bateria. Deste modo, o condutor dispõe de carga suficiente para circular sem emissões mais tarde; EV Charge, utiliza o extensor de autonomia para alimentar o veículo e recarregar a bateria. Foi desenhado para forçar a carga, fazendo com que o motor EcoBoost trabalhe numa faixa de rotações entre as 1800 e as 4500 rpm. Para além de obter energia para recarregar a bateria através do motor a gasolina, a Transit Custom Plug-in Hybrid utiliza outras tecnologias bem implementadas para recuperar eletricidade. A primeira é a travagem regenerativa, na qual o veículo aproveita a energia que é produzida durante a travagem para alimentar a bateria; a segunda aproveita a energia cinética produzida mediante a retenção que oferece o motor elétrico quando levantamos o pé do acelerador. Esta retenção é mais percetível quando colocamos o comando da caixa em L (Low), no qual o motor gera tanta retenção que é possível parar a Transit sem travar.

Silenciosa e eficiente

O motor elétrico debita 126 CV e disponibiliza um binário máximo instantâneo de 355 NM, números mais do que suficientes para mover com agilidade esta Transit. Para além disso mantém os 1130 kg de carga útil e um volume de carga de 6 m3, graças a um pacote de baterias compacto que foi colocado debaixo do piso para não sacrificar a capacidade de carga. A condução é em tudo idêntica à de um ligeiro de passageiros, salvaguardando a devidas diferenças. A posição de condução é elevada, mas de fácil acesso, um habitáculo espaçoso e silencioso e um grande conforto de rolamento, caraterísticas que as empresas deste tipo de veículos procuram.

As deslocações em autoestrada devem ser realizadas em modo EV Later, que vai aumentar o consumo de gasolina permitindo que, sempre que se chegue ao perímetro urbano, possamos circular em modo elétrico sem preocupações. Os sistema de regeneração de energia ajudam a que a bateria se mantenha com carga suficiente em qualquer momento, especialmente com o sistema de retenção do motor elétrico. A Transit Custom Plug-In Hybrid, proposta numa única variante L1 H1 com carroçarias Van, tem capacidade de carga até 1.130 kg e 6.0 m3 de volume (Van L1 H1), graças à colocação das baterias sob o piso. Está disponível nas versões Base, Trend e Limited, sendo esta a mais requintada. Todas as versões vêm equipadas de série com sistema de ar-condicionado no habitáculo e pára-brisas aquecido.

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