Aquele que era suposto ser um dos maiores fabricantes europeus de baterias para veículos elétricos vai desaparecer, a não ser que aconteça algo de última hora para a Northvolt.
Fundada em 2015, a empresa sueca Northvolt tinha grandes ambições: produzir dezenas de GWh de baterias por ano para a indústria automóvel. O projeto atraiu rapidamente uma série de parceiros importantes, incluindo a Volkswagen e a BMW.
Mas as dificuldades foram-se acumulando e os atrasos levaram a BMW, em particular, a cancelar uma encomenda maciça de baterias para futuros modelos elétricos. A notícia tornou a vida mais difícil para a Northvolt, que se viu a acumular dívidas. Mais de 7 mil milhões de euros no início do ano, de acordo com relatórios recentes. Atualmente, a Northvolt não tem outra opção senão entrar na fase de falência com um tutor que deverá gerir a venda de certos activos. A Northvolt já tinha despedido várias centenas de pessoas.
Oficialmente declarada em situação de falência, a empresa gostaria ainda de tentar salvar pelo menos uma unidade, mas, para já, a situação parece má. As dificuldades do fabricante sueco ilustram a complexidade de produzir baterias na Europa a um custo competitivo, quando 90% do mercado das baterias para automóveis elétricos é detido pelos asiáticos (China, Coreia do Sul, Japão, etc.).
Mais recentemente, o fabricante francês ACC, apoiado pela Stellantis e pela Mercedes, anunciou o adiamento de alguns projetos devido ao abrandamento da procura de veículos elétricos.