Era algo que se debatia há algum tempo e era amplamente comentado, mas tornou-se oficial no passado dia 14 de fevereiro. Deste modo, levanta-se uma importante questão adicional que diz diretamente respeito a muitos de nós: e como fica a situação das motos?
O texto final já foi definido entre os 27 Estados-membros da União Europeia. Foi aprovado com 340 votos a favor, 279 contra e 21 abstenções e será a partir daqui que se vai definir o caminho futuro dos motores a combustão na Europa.
Faltam apenas 12 anos para chegarmos a 2035. Parece uma eternidade, mas não é e ainda há muito trabalho pela frente para ser possível cumprir esta meta, tal como previsto no “Objetivo 55”, que prevê também que a Europa possa atingir a neutralidade climática em 2050.
Nesta matéria a eurodeputada Sara Cerdas, foi uma das que votou a favor e afirmou: “Chegou a altura da União Europeia responsabilizar-se pelas emissões e de tomar a liderança a nível mundial do combate às alterações climáticas. O setor dos transportes representa 25% do total de emissões de carbono na Europa e os carros, carrinhas e outros veículos pesados são responsáveis por mais de 70% das emissões nas nossas estradas.”
No documento não é feita menção direta aos motociclos. Considerando que são, na sua esmagadora maioria, veículos a combustão, isso significa que nos próximos 12 anos o processo de eletrificação nas motos terá que ser ainda mais acelerado que nos automóveis, já que está bastante mais atrasado. Basta pensar que, no momento presente, a oferta de motos elétricas em Portugal, com algumas exceções como a Energica, ou a Zero Motorcycles, não vai além das que são equiparadas a 125 cc.