Ouvimos recentemente que a Bentley e a Aston Martin estão a adiar a introdução de mais modelos elétricos devido ao abrandamento deste mercado.
Mas, pelas mesmas razões, a Fiat está agora a fazer grandes alterações a um veículo elétrico que já tem em produção: o 500e de aspeto retro está a receber uma conversão retro ICE.
A Fiat optou por não gastar o dinheiro necessário para fazer com que o velho 500 cumpra as mais recentes regras de segurança e cibersegurança da Europa, optando por investir esse dinheiro na modernização do Panda – agora rebaptizado Pandina para dar lugar ao próximo Panda EV. Mas as vendas do 500e não cresceram como esperado e todo o mercado de veículos elétricos está a sofrer um abrandamento.
A Auto News cita os dados da Data Force que revelam que a marca italiana vendeu mais de 104.000 unidades do 500 a combustão na Europa no ano passado, mas apenas 62.000 da versão elétrica.
Assim, a Fiat planeia equipar o modelo elétrico com um motor a combustão, tal como foi inicialmente referido pelo jornal italiano Corriere della Sera e mais tarde confirmado à Auto News pelos fornecedores, o que significa que o 500e adaptado a híbrido será construído na fábrica da Fiat em Mirafiori, Turim, juntamente com o seu irmão totalmente elétrico. A produção do atual 500 de combustão será transferida da Polónia para a Argélia, uma localização mais sensata para a sua nova vida em África.
Mas converter um veículo elétrico que nunca foi concebido para ter um motor a combustão num híbrido não é só difícil, é também um processo moroso. Fazer com que o motor FireFly de 1,0 litros e 70 CV de três cilindros funcione na sua nova “casa” levará algum tempo e, depois, a homologação será outro processo moroso, pelo que a variante híbrida moderada do 500e não estará pronta para venda até ao final de 2025 ou início de 2026, de acordo com o mesmo relatório. Isto significa que o modelo mais vendido da Fiat na Europa morrerá este verão, deixando os concessionários sem um substituto durante mais de 18 meses.