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A compra de um modelo raro com baixa quilometragem pode ser um bom investimento financeiro. Ou uma aposta arriscada. Este Honda S2000 Club Racer está neste momento no limiar de ambas as situações.

Para manter o valor de mercado do seu automóvel o mais elevado possível, alguns condutores estão preparados para conduzir pouco ou mesmo muito pouco. Mas provavelmente não se limitam tanto como este vendedor. Ele comprou este raro Honda S2000 Club Racer em 2022 e, até à data, só o conduziu 11 km e 200 m para ser mais preciso.

Na época, o carro japonês mudou de mãos pela quantia principesca de 181 mil euros, pois saiu do concessionário original em Tampa Land, Flórida, por cerca de € 35.000. Um dos vidros do veículo ainda ostenta o autocolante que atesta este facto. O aumento do valor foi, portanto, muito bonito e justificado pelo facto de, no momento da transação, o veículo ter apenas 198 km conta-quilómetros. Apenas 699 unidades da versão Club Racer do Honda S2000 foram produzidas entre 2008 e 2009.

O facto de estar de novo à venda é uma grande aposta por parte do vendedor. Por um lado, o mercado dos veículos de exceção está em declínio. Por outro lado, no momento em que escrevemos este artigo, o leilão, que terminará dentro de dois dias no sítio Web do Bringatrailer, só tinha angariado 100 069 euros. Ainda há um longo caminho a percorrer até o vendedor recuperar a sua participação inicial… se é que alguma vez o fará.
A título de comparação, no mercado de segunda mão, um Honda S2000 normal com menos de 40.000 km pode ser encontrado por menos de 60.000 euros.

Produzido em 699 unidades entre 2008 e 2009, o Honda S2000 Club Racer é alimentado por um motor VTEC de 2,4 litros que produz a mesma potência (240 CV) que a versão base, mas o chassis beneficia de uma suspensão revista, pneus traseiros mais largos, uma cremalheira de direção mais direta e um kit de carroçaria especial. O Honda S2000 Club Racer também se distinguia pela sua capota rígida amovível e pela ausência de uma capota rígida. Caraterísticas especiais que valem o preço elevado? Ou será que não?

Ricardo Carvalho

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