Sabe aquela anedota da senhora que, ao assistir ao desfile dos militares, exclamou orgulhosa que o seu filho é o único que vai com o passo certo? Pois, na Lamborghini passa-se algo parecido com a marcha da eletrificação. Numa altura em que a generalidade dos concorrentes acelera a fundo na mudança do paradigma, a Lamborghini volta a travar o lançamento do seu superdesportivo elétrico (saiba mais aqui), que acontecerá, na melhor das hipóteses, apenas em 2029.
A “culpa”… é do mercado. Para o CEO da marca italiana de Sant’Agata Bolognese, o mercado não está preparado para receber o 100% elétrico da marca do touro do Grupo Volkswagen, que tem, curiosamente, a Rimac como o seu parceiro tecnológico para a electrificação.
E aqui pode não estar apenas uma enorme vantagem tecnológica para a Lamborghini, que beneficia das tecnologias de ponta do construtor croata, mas também estratégica, na medida em que acompanha de muito perto a evolução da tendência no segmento dos supercarros. E a verdade é que a Rimac já veio a público admitir que as vendas do Nevera de 1900 CV elétricos não ultrapassaram as 50 unidades em dois anos de vendas. Um terço do que estava previsto…
“Os ricos não desejam hiper desportivos eléctricos”, disse o CEO do construtor croata, Mate Rimac. Algo que Stephan Winkelmann, o nº1 da Lamborghini atribui, essencialmente, a “aspectos emocionais”.
Quem estará certo afinal?