Antes das baterias, há três motivos principais de falhas a ter em conta nos elétricos.
As baterias são o “bicho papão” para muitos dos que ainda resistem à eletrificação do automóvel, mas um estudo recente vem provar que este componente não é o maior motivo de preocupações para os proprietários de carros elétricos.
A empresa EV Clinic, especializada na reparação e manutenção de veículos elétricos, compilou dados de mais de duas dezenas de oficinas na última década, para elencar os defeitos mais comuns nos primeiros 10 anos de vida dos carros elétricos. E concluiu que a bateria de tração num elétrico é apenas quarta avarias mais comum.
Em primeiro lugar estão os motores elétricos, que embora mais simples do que os motores a combustão, também estão sujeitos a falhas. Um dos principais problemas reportados pela EV Clinic é o desgaste acelerado do motor, que pode ocorrer em veículos que atingiram entre 50.000 e 100.000 quilómetros.
Outro componente crítico é o carregador de bordo, que pode apresentar falhas devido ao uso constante. E ainda mais frequente do que os problemas nas baterias propriamente ditas surgem as falhas nos inversores, componente responsável por converter a energia da bateria para os motores elétricos, e que também está na lista dos componentes mais propensos a falhas. Modelos como o Renault ZOE de primeira geração e o Jaguar iPace estão identificados como os mais propensos a este tipo de avaria.
As baterias, embora raramente precisem de substituição completa, também são uma área em que podem ocorrer problemas. Modelos como o Nissan Leaf, que utilizam células de formato em bolsa, estão entre os mais suscetíveis a falhas nas baterias, diz a EV Clinic.
Compras seguras
Segundo o mesmo teste, o Tesla Model S, o Volkswagen e-Golf, o Hyundai Ioniq, o BMW i3 e o Mercedes Classe B Electric são os veículos que mais se destacam pela durabilidade das baterias e pela facilidade de reparo dos componentes, com a Tesla a sobressair pela sua aposta nas baterias de células cilíndricas.