A Lexus facilita o acesso ao mundo premium com o seu novo LBX, um SUV de segmento B que se transforma no modelo de acesso à gama da marca japonesa. Refinado, com detalhes produzidos de forma artesanal e eficiente, graças à mecânica híbrida de 136 CV, a marca entra num segmento muito apelativo. À venda já em março.
Quando o design moderno e vanguardista, o luxo, a tecnologia e a eficiência se juntam, acontecem fenómenos tão interessantes com este Lexus LBX. Falamos-lhe de um novo veículo de acesso ao mundo Premium da marca japonesa, inscrito num nicho de mercado que não está excessivamente povoado, isto se considerarmos apenas as opções Premium. Por pertencer a famílias nobres, os Audi Q2, DS3 e Mini Countryman são as opções mais evidentes com as quais os recém-chegado terá de “lutar”.
De tudo um pouco
A partir daqui as alternativas aumentam, até porque o leque de preços do novo Lexus é amplo. Contudo, será vendido apenas com o motor híbrido autorrecarregável de 136 CV, disponível com tração dianteira ou integral, mas a sua ampla gama de níveis de equipamento, serão quatro, tem preços que começam nos 34 950 euros. Por este valor, e tendo em conta que os níveis de equipamento mais completos serão mais caros, entra todo um mundo, incluindo alguns modelos mais generalistas, nas suas declinações mais exclusivas e potentes, crossovers híbridos de maiores dimensões e, porque não, até opções puramente elétricas.
LEXUS LBX
A partir do primeiro trimestre de 2024 será mais acessível adquirir um Lexus. É nessa altura que chega ao mercado o LBX. Um SUV de segmento B de aspeto informal, mas que não descura o selo Premium. Mede apenas 4,19 m de comprimento, pelo que se converte no modelo de acesso da marca. Conta apenas com uma motorização híbrida autorrecarregável que debita 136 CV e anuncia um consumo de 4,7 l/100 km. Conta com caixa automática por engrenagens planetárias e dispõe de versões de tração dianteira ou integral. Estas últimas contam com um segundo motor elétrico (no eixo traseiro). Partilha muito da sua genética com o Toyota Yaris Cross, mas neste caso com qualidade superior e uma imagem mais refinada. Propõe os mesmos cinco lugares e uma bagageira básica de 332 litros (284 para os 4×4). É totalmente digital no posto de condução, e conta com avançados elementos como o conjunto de assistentes de segurança Lexus Safety Sense+, um sublime equipamento de som assinado pela Mark Levinson ou um dispositivo para o estacionar a partir de fora e do smartphone. Os preços começam nos 34 950 euros.
AUDI Q2
Pelo posicionamento, é o rival mais direto do LBX. Este SUV de 4,20 m de comprimento, cinco lugares e bagageira a partir de 405 litros, é um automóvel muito apelativo, com boa qualidade e satisfatoriamente insonorizado. A sua gama mecânica é mais ampla, pois oferece opções a gasolina com 110, 150 e 300 CV, sendo esta mais potente destinada ao SQ2. Também está à venda com motores turbodiesel de 116 CV. Pode ter tração integral quattro em algumas versões. De acordo com as versões, a caixa pode ser manual de seis ou automática S Tronic de dupla embraiagem. Este é um modelo veterano e sem hibridação. Dispõe, isso sim, de suspensão adaptativa nas versões mais equipadas e rodeia-se de uma dotação tecnológica muito completa e aspetos chave, como a segurança e conetividade. O Q2 está à venda a partir de 33 201 euros na versão base.
DS 3
Outro ilustre do segmento B SUV pela qualidade e pelos serviços personalizados que oferece ao cliente. Mede 4,12 m de comprimento, propõe cinco lugares e uma mala de 350 litros. Contempla versões tricilindricas a gasolina de 100 e 130 CV e Turbodiesel de 130 CV. Não há qualquer possibilidade de hibridação, mas há uma opção elétrica com 156 CV e 404 km de autonomia. O veterano DS3 faz gala de um conforto de marcha notável a partir de uma suspensão de perfil suave e tem boa insonorização. Os preços começam nos 30 025 euros.
FORD PUMA ST
Outro representante do segmento B SUV que oferece versões híbridas leves a gasolina de 125 e 155 CV é o Ford Puma. Contudo, é a versão ST X com 170 CV a partir de um motor mil também “mild hybrid” que se transforma numa alternativa ao LBX, tudo porque com o preço atual de campanha custa 34 912 euros (sem campanha 30 015 euros). Este também é um Puma exclusivo, ainda que o seu foco seja distinto. Falamos de um modelo de corte desportivo, com um motor ágil e rápido, e orientado para passar bons momentos ao volante. O motor 1.0 Ecoboost surge associado a uma caixa automática de dupla embraiagem e sete relações, enquanto o chassis foi afinado pela Ford Performance, o que implica amortecedores mais firmes, barras estabilizadoras mais grossas, travões otimizados e uma direção mais precisa. Pode ter diferencial autoblocante mecânico no eixo dianteiro. O interior também é mais desportivo, com bancos tipo bacquet. Tem cinco lugares e uma bagageira de 456 litros. Mas há outras opções dentro da gama Puma, como o ST Line X, que com o motor 1.0 de 155 CV MHEV custa 32 521 euros, sem qualquer campanha. Com a mesma campanha do ST X, tem um preço de 29 874 euros.
HONDA HR-V
É um pouco maior porque nesta última geração o HR-V da Honda cresce até aos 4,34 m de comprimento. É concorrente porque apresenta na gama um motor híbrido autorrecarregável de 131 CV. A tração é exclusivamente dianteira e a caixa, automática. O HR-V oferece três modos de funcionamento para andar. O perfil Elétrico é ativado por defeito no arranque; o Híbrido faz “mexer” o motor térmico de 1,5 litros, mas apenas para gerar energia (o veículo continua a ser impulsionado pelo gerador elétrico); e o modo Engine, que se ativa se for preciso mais potência e aceleração. Neste caso, o sistema liga o motor de combustão diretamente às rodas dianteiras. O consumo médio homologado fica-se pelo 5,4 l/100 km. Lá dentro é ergonómico e apresenta boa qualidade geral, contudo sem a excelência dos Lexus, Audi ou DS. O espaço é um dos argumentos e nos lugares traseiros é de excelência. Conta com os bancos Magic Seats, que permitem subir o assento contra as costas para colocar objetos mais elevados e volumosos; a bagageira disponibiliza 335 litros. Na sua dotação de equipamento contempla o Honda Sensing que integra assistentes de condução e segurança de última geração. Está à venda a partir de 36 250 euros.
JEEP RENEGADE
Este modelo marca presença neste dossier pela inegável exclusividade da marca e porque na sua gama não falta uma versão híbrida ligeira MHEV de 48V, o Renegade 1.5 Hybrid DCT. Para além desta versão, o este Jeep propõe outra a gasolina de 120 CV e um turbodiesel de 130 CV, e ainda um eficiente híbrido plug-in 4xe com 190 ou 240 CV. Como híbrido, o nosso protagonista conta com um propulsor a gasolina de quatro cilindros que debita 130 CV e 240 Nm de binário máximo. Trabalha em conjunto com um gerador elétrico que fornece mais 20 CV e que se alimenta da energia fornecida por uma bateria de 0,8 kWh de capacidade, A caixa é automática de dupla embraiagem e sete velocidades, e a tração exclusivamente dianteira. O consumo anunciado fica-se pelos 5,6 l/100 km. Quanto a prestações, não defraudam: 191 km/h e 9,7 segundos dos 0 aos 100 km/h. Uma caraterística desta versão é o facto de o sistema elétrico fazer andar o veículo por uns instantes, o que lhe dá um maior refinamento no arranque. No interior, a sensação de espaço é evidente, é muito digital e a bagageira sobe aos 351 litros. Está bem equipado e disponível a partir de 32 050 euros.
MAZDA CX-30
O seu tamanho chega aos 4,39 m de comprimento, por isso o CX-30 converte-se na opção crossover de entrada na gama Mazda a partir de 34 605 euros. Fica claramente na órbita do Lexus LBX. A Mazda posiciona os seus carros num patamar de qualidade muito elevado e o tato de condução é superior à média dos seus rivais generalistas. Este modelo contempla três versões híbridas ligeiras de 24V na sua gama, com 122, 150 e 186 CV. Todos partem de um motor a gasolina de dois litros atmosférico (sem turbo), enquanto a caixa pode ser manual ou automática, nos dois casos de seis velocidades. A declinação mais potente pode funcionar por faísca ou por compressão, indistintamente, e pode ser combinado com um sistema de tração integral.
MINI COUNTRYMAN
Dentro de alguns meses chega ao nosso mercado a nova geração do Countryman, modelo que contempla, inclusive, versões 100% elétricas. Todavia, ainda não é possível comprá-lo, logo neste dossier decidimos incluir a versão atual, que já leva anos de ativo, mas que se mantém como um produto muito apelativo graças a atualizações sempre muito acertadas. Mede 4,30 m de comprimento e encontramos uma gama com oferta generosa. A gasolina começa com um motor de três cilindros 1,5 litros e 136 CV, segue-se um 2 litros de 178 CV e termina com a exclusiva versão John Cooper Works, que chega aos 306 CV. Os que preferem o gasóleo, podem escolher entre versões de 150 e 190 CV, contudo em Portugal só se vende o primeiro. A caixa é sempre automática e algumas opções contam com tração integral All4. Existe ainda um híbrido plug-in com 220 CV de potência e 57 km de autonomia elétrica. Original no design, de cinco lugares e 450 litros de mala está à venda desde 40 934 euros.
NISSAN JUKE HYBRID
Original e com uma condução divertida, o Juke é um crossover que mede 4,21 m de comprimento e que se transforma num potencial rival do LBX graças ao facto de possuir na sua gama uma versão híbrida que debita 143 CV. Também dispõe de uma alternativa só a gasolina com 114 CV a partir de um motor 1.0 Turbo.
Mas, o híbrido combina um motor a gasolina de 1,6 litros de 94 CV com dois geradores elétricos de 49 e 20 CV alimentados pela energia proveniente de uma bateria de 1,2 kWh de capacidade. A caixa é automática multimodo sem embraiagem. Como híbrido, arranca sempre em modo elétrico. O consumo médio anunciado é de 5l/100 km. Globalmente é um automóvel refinado no funcionamento (é de tração dianteira). No interior, mantém a originalidade, não tem muito espaço atrás, enquanto a bagageira chega aos 354 litros. Inclui sistema ProPILOT Assist, que inclui um elevado número de assistentes à condução, todos de última geração. Tem um nível de conetividade elevado. Custa a partir de 34 010 euros para a versão N-Connecta.
VOLKSWAGEN T-ROC
Este é um SUV de 4,25 m de comprimento que tem sido um best-seller em solo europeu. Conta com uma apelativa versão descapotável. Foi recentemente atualizado para manter a forma. A sua gama de motores carece de eletrificação, o que pode ser penalizador face ao Lexus. Assim, as motorizações debitam 110, 150, 190 e 300 CV. O mais modesto é um 1.0 TSI de três cilindros e o mais potente corresponde aos desportivo da saga R. Dispõe ainda de opções Diesel de 115 e 150 CV, ambas a partir do motor 2.0 TDI, contudo em Portugal só se vende a primeira. A caixa pode ser manual ou automática, dependendo das versões, e a tração dianteira ou integral 4Motion, que vem de série nas opções a gasolina mais potentes.
É um automóvel que, sem brilhar excecionalmente em algum apartado, convence em todos os aspetos. Inclui sofisticados assistentes que lhe permitem oferecer nível 2 de condução autónoma. Tem preço a partir de 28 178 euros.
OUTRAS OPÇÕES ELÉTRICAS
O novo Lexus LBX dispõe apenas de uma versão híbrida autorrecarregável. Até aqui temos tratado de igualar o dossier com rivais diretos pela sua exclusiva condição Premium ou pelo facto do formato ser similar. Se abrirmos a porta a possíveis rivais generalistas, o escaparate amplia-se consideravelmente, contudo longe do glamour do Lexus. Entre eles podem figurar, o Toyota Yaris Cross, modelo com o qual partilha a plataforma e que agora recebe o mesmo motor de 130 CV (versão 130H), bem construído, mas sem a qualidade e a contundência tecnológica do Lexus. Até o Toyota C-HR seria uma opção pelo preço.
As versões mais generosas em potência e equipamento dos Peugeot 2008, Renault Captur, Suzuki Vitara, Opel Mokka… também poderiam entrar em “guerra” com o LBX., mas este sempre “olharia” a partir de cima.
Pode existir um segundo e interessante leque de rivais, mas são mais caros. Falamos de modelos elétricos com formato e aspirações idênticas. Neste novo plano e com um preço eventualmente idêntico às versões mais caras do LBX, encontramos modelos como o Peugeot E-2008, agora com um novo motor de 156 CV e mais de 400 km de autonomia. Outra opção é o novo Smart #1, elétrico com versões de 272 e 428 CV, sendo que o mais potente corresponde à mais enérgica declinação Brabus. Podemos ainda considerar alternativas como o CUPRA Born.