São a alternativa perfeita aos tão em voga SUV, isto se procura muito espaço na bagageira. Longe de ser uma categoria em vias de extinção, as marcas continuam a apostar nas carroçarias station wagon. Assim nos contam os exemplos que reunimos neste artigo.
Antes da febre SUV rebentar com os termómetros do mercado, quem procurava um carro compacto para a família e com um bom volume de bagageira, começava de imediato a olhar com mais atenção para as carroçarias station wagon. O sucesso deste tipo de veículo em Portugal sempre foi grande, até porque ninguém duvida das suas versáteis qualidades.
A melhoria estilística e o aumento de dimensões, rondam ou superam os 4,60 m de comprimento no segmento por nós analisado neste dossier, as carrinhas continuam a manter uma falange de fãs consideráveis. O seu maior trunfo é mesmo a bagageira de dimensões generosas. E, nenhum dos 12 modelos que aqui reunimos, tem menos de 500 litros de volumetria básica, ficando quase sempre, acima das capacidades das malas dos SUV.
Mais dinâmicas
Face aos SUV, também apresentam um comportamento mais dinâmico, divertido (postura em estrada, travões…), na prática em estrada comportam-se como as berlinas de cinco portas das quais derivam. Um centro de gravidade mais baixo e uma repartição de pesos mais equilibrada permitem superar a maioria dos SUV.
Até quem prefira uma estética mais aventureira, pode encontrar neste tipo de modelos, declinações tipo crossover, decoradas de forma mais robusta, altura livre ao solo superior e, em alguns casos, tração integral. Nestas páginas analisamos as 12 carrinhas mais recentes, por ordem de lançamento no mercado, da mais moderna à mais veterana, e recomendamos a versão mais apelativa de cada uma.
OPEL ASTRA SPORTS TOURER
Com um foco claramente mais prático que o Astra de cinco portas, graças aos 608 litros de volumetria da mala anunciados (mais de 1600 litros rebatendo os bancos traseiros), revela um design em linha com os mais recentes lançamentos do construtor de Russelsheim, como o Mokka ou o novo Grandland. Mede 4,64 m de comprimento por 1,86 m de largura e 1,48 m de altura e tem por base a plataforma EMP2 do Grupo Stellantis, a mesma que utiliza a nova Peugeot 308 SW e com a qual ganhou rigidez estrutural, agilidade e segurança. Acerca da sua antecessora, é mais eficiente porque acaba por ter uma gama de motores mais económicos. Contempla uma alternativa híbrida plug-in de 180 CV que acaba por “roubar” 60 litros ao espaço da bagageira, contudo anuncia até 60 km de autonomia em modo 100% elétrico. Para quem não vê os PHEV como vantagem (ao fim ao cabo acaba por ser das versões mais caras da gama), a nova Astra Sports Tourer também é vendida com motores a gasolina de 110 e 130 CV, bem como com um 1.5 Diesel de 130 CV. Para a Carros & Motores, a opção mais interessante é a gasolina de 130 CV acoplada à caixa automática de oito velocidades. Vai estar à venda depois do verão. Os preços começam nos 26 760 euros.
PEUGEOT 308 SW
A terceira geração desta carrinha francesa de grande sucesso está à venda desde 26 200 euros. Utiliza a plataforma da Opel Astra Sports Tourer ao ponto de partilhar as mesmas dimensões (mede 4,64 m de comprimento por 1,85 m de largura e 1,44 m de altura). O design exterior mantém o perfil mais dinâmico da berlina, enquanto o posto de condução estreia a última geração do i-Cockpit com visualização 3D do painel de instrumentos nos níveis de equipamento de topo, e ainda os inéditos i-Toggles táteis, acessos rápidos a determinadas funções e menus.
Das opções mecânicas que propõe, a gasolina de 130 CV com caixa manual de seis velocidades ou com a automática de oito são as melhores opções, mais ainda com o nível de equipamento Allure Pack, bastante completo. Conta com duas opções PHEV de 180 e 225 CV com preços a partir de 38 550 euros.
O familiar da oval azul acaba de estrear uma atualização de meio de ciclo de vida que, para além de variar levemente o design exterior de elementos como a grelha ou os faróis Full LED (também podem ser matriciais), incrementa a componente tecnológica. Passa a ter um ecrã central de 12,3” que integra todas as funcionalidades do veículo.
No caso da versão carrinha, os 29 cm adicionais em relação ao cinco portas (4,67 m) redundam numa bagageira que começa nos 635 litros. A nossa escolha recai no motor 1.0 Ecoboost de 155 CV com hibridação ligeira, caixa manual e acabamento ST Line com preços a partir de 33 050 euros já com campanha. Quanto a preços de entrada, começa nos 31 867 euros.
Renovada no final de 2021, é uma das carrinhas mais capazes: tem 625 litros de mala ou 1694 com os bancos rebatidos, ainda que na versão híbrida plug-in esta desça para os 437 litros (1506 com os bancos rebatidos). Mede 4,60 m de comprimento e conta com um interior moderno e conectado. Em termos de motores, a gama portuguesa foi simplificada. Assim, encontramos uma opção com motor 1.0 T-GDI de 120 CV, um 1.6 CRDi Diesel MHEV com 136 CV acoplado à caixa de velocidades inteligentes iMT que anuncia consumos realmente baixos, e, por fim, o PHEV que garante uma autonomia elétrica de 50 km em ciclo urbano. Os preços começam nos 22 900 euros do gasolina simples, passam pelos 28 950 euros do Diesel e terminam nos 33 850 euros do PHEV. Todos estes valores incluem uma campanha de desconto.
É outras das referências do segmento: propõe uma carroçaria 35 cm mais comprida que o Golf berlina, alcançando os 4,63 m. Consegue, desta forma, uma volumetria de 611 litros, mas se rebatermos o banco traseiro sobe aos 1642 litros, mais 22 que a sua antecessora. Tal como muitos dos seus rivais, o portão da mala pode ser elétrico com função mãos livres. O habitáculo é mais espaçoso para os ocupantes da segunda fila. Debaixo do capô, a opção mais interessante é o 2.0 TDI de 115 CV na versão Conceptline de entrada cujo preço começa nos 34 232 euros. É um motor muito económico e que garante boas reprises. A gama arranca nos 28 785 euros da versão Life com motor 1.0 TSI de 110 CV.
TOYOTA COROLLA TOURING SPORTS
O modelo japonês é, atualmente, um dos familiares mais vendidos do segmento, sempre com uma preciosa ajuda da versão híbrida autorrecarregável que assegura uma boa parte das vendas. Uma posição de relevo que tem mais mérito se nos lembrarmos que a atual geração do modelo vai a caminho do seu terceiro ano sem qualquer renovação. A baso do sucesso tem a ver com o design que caiu no “goto” dos portugueses, com uma lista de equipamento completa e um motor económico, que garante uma média de consumo de 4,6 l/100 km na versão de 125 CV (5,3 l/100 km na opção de 180 CV). Entre os dois a escolha vai depender da carteira, mas em relação rendimento/consumo, o mais potente é imbatível.
Quanto a preços, começa nos 21 100 euros com motor 1.2 Turbo de 116 CV. O híbrido de 125 CV começa nos 27 790 euros da versão Active. Neste caso, existe uma versão de cariz mais desportivo GR Sport e outra de aspeto mais aventureiro Trek. O motor de 180 CV começa nos 34 450 euros já com campanha de desconto associada.
Quanto a espaço e habitabilidade, a Corolla Touring Sports propõe uma carroçaria de 4,65 m de comprimento e uma bagageira de 598 litros (581 litros com motor de 180 CV).
SEAT LEON SPORTOURER
Um dos líderes do segmento das carrinhas graças a um notável compromisso entre habitabilidade e dinâmica. No que diz respeito ao primeiro argumento, conta com um dos interiores mais confortáveis, em boa parte pelo espaço para as pernas no banco traseiro. A este soma uma bagageira que praticamente duplica face ao Leon de cinco portas: 620 litros (1600 rebatendo os bancos traseiros) por culpa de a um “overhang” traseiro que leva o comprimento para os 4,64 m. A gama oferece uma multiplicidade de motores, incluindo um interessante híbrido plug-in (204 CV) que obriga a ceder 140 litros de mala, mas garante um custo por km contido por culpa da sua autonomia elétrica de 63 km. Depois temos as versões 1.0 TSI de 110 CV, 1.0 eTSI de 110 CV e 1.5 eTSI de 150 CV, estas duas últimas com hibridação ligeira e caixa DSG. Nos Diesel, encontramos o 2.0 TDI de 115 e de 150 CV. Esta à venda em versões Style, FR e Xcellence a partir de 29 009 euros. A melhor opção é o Diesel de 115 CV.
HYUNDAI i30 SW
Embora seja uma das carrinhas mais compactas, chega aos 4,58 m de comprimento, que não é assim tão pouco. A i30 SW propõe bom espaço interior e uma excelente bagageira de 602 litros que pode chegar aos 1650 litros quando rebatemos os bancos traseiros. Tal como o i30, a carrinha também foi alvo de um restyling no final do ano 2020. Nessa altura estreou pequenas alterações estéticas e melhorou no equipamento, na segurança e na conetividade. Mecanicamente, a carrinha i30 é vendida apenas com dois motores, 1.0 T-GDI de 120 CV e 1.6 CRDi de 136 CV, ambos sem qualquer tipo de hibridação. Assim, a melhor opção será o 1.6 CRDi no nível de equipamento N Line, de aspeto realmente desportivo. Os preços arrancam nos 24 906 euros do gasolina.
A gama Tipo foi renovada no final de 2020, ainda que as alterações tenham sido quase impercetíveis. O interior ganhou alguma qualidade e passou a propor maior conetividade. A opção familiar Tipo Station Wagon mede 4,57 m de comprimento e contempla uma bagageira de 550 litros na sua posição inicial. O espaço traseiro para as pernas é muito aceitável.
A gama de motores inclui poucas opções, dois Diesel de 95 e de 130 CV, uma versão a gasolina de 100 CV a partir de um motor 1.0, e uma segunda opção a gasolina, mas eletrificada mediante hibridação ligeira de 48V e 130 CV a partir de um motor 1.5 litros. Neste caso, a caixa é automática de dupla embraiagem DCT. Está disponível em versões Tipo, City Life e Cross com preços a partir de 23 325 euros. A melhor opção é o Diesel mais potente, com um preço competitivo a partir de 30 mil euros.
Será que a chegada do novo Mégane 100% elétrico E-TECH vai ofuscar a vida do Mégane térmico que vai continuar a ser vendido simultaneamente, mesmo na sua versão Sport Tourer? Mede 4,62 m de comprimento e a bagageira chega aos 521 litros. Um volume que se vê reduzido para os 389 litros na versão híbrida plug-in, que anuncia uma autonomia elétrica de 54 km. Não obstante, a motorização mais recomendável é a Turbo a gasolina TCe de 140 CV, que pode ser combinado com a caixa de dupla embraiagem EDC, a partir de 30 800 euros na versão Techno. A opção híbrida plug-in de 160 CV mais barata é a Equilibre que começa nos 37 990 euros.
Mede 4,69 m de comprimento e a sua bagageira chega aos 640 litros (490 litros no caso do PHEV) e sobe aos 1700 litros com os bancos rebatidos. Existem versões iV PHEV de 204 e 245 CV que percorrem até 60 km em modo elétrico. A gama de motores mostra todo o seu esplendor na versão de entrada Ambition, ao oferecer motores 1.0 TSI de 110 CV e 1.5 TSI de 150 CV, mas também as mesmas opções de motorização, mas com sistema de hibridação ligeira. Depois há o Diesel 2.0 TDI de 116 CV e 2.0 TDI de 150 CV. Os preços começam nos 26 435 euros. Existe uma versão de aspeto aventureiro denominada Scout e contempla tração integral.
SUZUKI SWACE
Trata-se de um modelo que é o resultado de um acordo entre a Toyota e a Suzuki, e não é mais do que uma Toyota Corolla Touring Sports com um emblema da também marca japonesa (mede os mesmos 4,65 m de comprimento). A secção dianteira foi ligeiramente modificada e o para-choques são exclusivos.
O interior foi decalcado do Toyota, tanto em aparência como em espaço. A capacidade da mala situa-se entre 596 e 1232 litros. O Swace propõe dois níveis de equipamento, GLE e GLX, que contemplam menos itens que o Corolla mais equipado, mas ainda assim são completos. Os preços são de 29 490 e 31 325 euros, já com campanha associada. O motor é o mesmo 1.8 híbrido de 122 CV, o único disponível, que anuncia um consumo de 4,5 l/100 km.