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Donald Trump apresentou recentemente o seu projeto para oferecer isenções fiscais na compra de veículos, desde que estes sejam fabricados nos Estados Unidos.

Num comício na Carolina do Norte, sublinhou que esta isenção fiscal se aplicaria apenas aos automóveis americanos, excluindo explicitamente os veículos produzidos na Ásia ou na Europa. Trump insistiu que queria que a medida beneficiasse os fabricantes locais para revitalizar a indústria automóvel dos EUA, particularmente em estados-chave como o Michigan. Também propôs que os compradores possam deduzir os juros dos seus empréstimos automóveis dos seus impostos federais, aumentando assim as vendas de automóveis fabricados nos EUA.

Embora esta isenção fiscal se destine a impulsionar a indústria automóvel americana, Trump não esclareceu se incluiria os veículos fabricados em solo americano por fabricantes estrangeiros como a Volkswagen, a Toyota ou a Hyundai, que produzem milhões de automóveis nos EUA. Trump também propôs medidas mais drásticas, como a imposição de impostos pesados sobre veículos e produtos fabricados no estrangeiro, nomeadamente na China e no México. No entanto, esta abordagem poderia conduzir a um aumento dos preços para os consumidores americanos e a um abrandamento do crescimento económico, segundo os especialistas. A política protecionista de Trump visa claramente a repatriação de empregos e o reforço das indústrias locais, mas poderá ter um impacto negativo no custo de vida.

Trump concentrou os seus esforços recentes em estados-chave, incluindo a Carolina do Norte, um estado que é frequentemente decisivo nas eleições. Nestas regiões, a revitalização da indústria automóvel e a proteção dos postos de trabalho na indústria transformadora são questões cruciais. Em 2020, Trump venceu por pouco a Carolina do Norte contra Joe Biden, e os democratas esperam conseguir fazer com que a eleição seja desta vez.

A região foi também marcada pelo furacão Helene, que desalojou muitas pessoas e adoptou medidas especiais para facilitar a sua participação nas eleições. Este contexto poderá ter um papel importante no resultado final, especialmente porque mais de um milhão de eleitores já tinham votado antecipadamente até 20 de outubro. Trump continua a contar com os eleitores dos sindicatos, apesar do apoio oficial de Kamala Harris pela United Auto Workers, que poderá ser decisivo em Estados “Blue Wall” como o Michigan, a Pensilvânia e o Wisconsin. Assim, depois da China, os fabricantes europeus poderão ter outro grande mercado no qual serão penalizados fiscalmente…

Ricardo Carvalho

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