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Desde que a Nissan fechou a fábrica da Catalunha, em Espanha, o construtor local de motos elétricas Silence tem operado lá, assim como os grupos de engenharia QEV e EV Motors.

Atualmente, a EV Motors tem o controlo total da empresa sobre o centro e tem estado em conversações com a Chery.
Se for alcançado um acordo, a EV Motors continuará a operar a partir da fábrica e poderá celebrar acordos de produção e comerciais com a Chery para produzir as suas pick-up e carrinhas elétricas da marca Ebro.


O governo regional da Catalunha está a enviar funcionários de empresas para a China esta semana para falar com os executivos da Chery. Ainda não está claro se o governo espanhol vai oferecer qualquer ajuda pública à Chery, mas vai abrir dois concursos este ano, convidando as empresas a solicitar um total de 1,7 mil milhões de euros em empréstimos e subsídios para a produção de veículos elétricos.

Ainda não é claro quais os modelos que a Chery tenciona começar a produzir na Europa nem quantas unidades espera produzir anualmente. Sabe-se que o fabricante de automóveis chinês estava em conversações com o governo italiano e que tinha considerado a possibilidade de estabelecer a sua base europeia nesse país. Uma fonte da indústria disse recentemente à Auto News que, apesar de a Chery continuar em contacto com as autoridades italianas, não recebeu grandes reações e parece preferir agora a Espanha.

A Itália está ansiosa por aumentar a sua produção automóvel de menos de 800 000 para cerca de 1,3 milhões de unidades. A Stellantis desempenhará um papel importante no aumento da produção de automóveis no país através das marcas Fiat e Alfa Romeo, mas o governo também está a tentar atrair novos concorrentes. As autoridades italianas já falaram com a Tesla, a Great Wall e a BYD.

 

Ricardo Carvalho

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