Carregar EV pode ser mais caro que atestar o depósito

Estudo recente aponta para os elevados custos de carregamento de automóveis elétricos em autoestradas, algo que pode até ser mais dispendioso do que atestar o depósito de combustível.

Um estudo realizado pela What Car?, conceituada revista do mundo automóvel no Reino Unido, revela que carregar um carro elétrico pode eventualmente ser até 28% mais caro do que atestar o depósito com combustível. Os resultados do estudo foram publicados antes da confirmação da Ofgem que os custos de carregamento em casa poderão subir substancialmente (até 20%) já este inverno.

A experiência baseou-se na utilização de dois veículos elétricos e os seus equivalentes a gasolina desde Cobham Services, a sul de Londres, até Skelton Lake Services, perto de Leeds, numa viagem de 335 quilómetros. Os carros elétricos usados foram o Peugeot e-208 e o BMW i4 M50, enquanto os a gasolina foram o Peugetot 208 Puretech 130 e o BMW Série 4 Grand Coupé M440i.

Todos os automóveis partiram com carga e depósito cheios e, à chegada ao destino, foram carregados ou atestados novamente até 100%, de forma a calcular o custo total da viagem. Os resultados foram, de certa forma, surpreendentes, uma vez que carregar o e-208 foi 28,4% mais caro (9,07£, o que equivale a 10,45€) do que atestar a versão a gasolina. Já o BMW i4 M50 foi 10,8% (5,64£, o equivalente a 6,50€) mais dispendioso de carregar do que o seu homólogo a gasolina.

Ainda para mais, o teste foi realizado numa altura em que o preço da gasolina se encontrava num dos mais altos de sempre (1,99£, equivalente a 2,29€). Por outro lado, a taxa de 69p/kWh para utilizar os carregadores rápidos Ionity permaneceu a mesma desde 2020, embora os custos de eletricidade tenham aumentado desde o início de 2022. Isto significa que, caso a experiência fosse realizada agora, a diferença seria ainda mais pronunciada.

Abaixo os dados da experiência:

Nota: Os valores em Euros refletem a taxa de câmbio praticada a 13/09/2022.

Por: Nuno Freitas Faria