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Comecemos pelas boas: as baterias de automóveis elétricos podem ter a sua vida útil aumentada em 40% com hábitos de carregamento e o perfil de condução corretos.

Da saga “elétricos vs. motores de combustão”, um novo estudo coloca o dedo na ferida no que diz respeito à durabilidade das baterias dos EV.
Um dos maiores mitos da eletrificação do automóvel e um dos principais receios para proprietários de veículos elétricos prende-se com a longevidade das baterias, não o alcance que permite entre carregamentos (embora este seja também um ponto sensível), mas a sua durabilidade enquanto componente essencial. E, claramente, o mais caro de um veículo. Agora, um novo estudo da Recurrent Auto vem indicar que não há motivos para alarme. Pelo menos se o seu veículo elétrico foi fabricado depois de 2015.

O estudo analisou mais de 20.000 carros elétricos e concluiu que apenas 2,5% dos veículos tiveram suas baterias substituídas.

Por outro lado, em carros elétricos anteriores a 2015 a taxa de substituição de baterias ronda os 13%, sendo que nos carros após o ano de 2016 a mesma taxa desce acentuadamente para os 1% ou menos.

Do ano de 2011, os carros mais antigos neste estudo, um em cada três precisou de uma bateria nova.
A idade avançada das baterias e o consequente desgaste ajuda a explicar estes números, mas de acordo com os especialistas a utilização de químicos e sistemas de gestão térmica menos evoluídos tenha também o seu peso.

‘Mega-teste’ confirma sinais positivos
Conclusão corroborada pela Dekra, a maior organização especializada independente e não cotada do mundo no setor dos testes, inspeção e certificação, no seu mais recente “mega-teste” a automóveis elétricos. Foram mais de 25 mil exames ao estado de conservação de baterias, que permitiram concluir que estas tendem a apresentar uma longevidade maior do que a esperada.

Entre os casos observados, uma frota de seis táxis Jaguar I-Pace que operam na cidade de Munique, na Alemanha, com quilometragens acumuladas entre os 180 mil e os 260 mil quilómetros, e cujas baterias apresentam ainda entre 95 e 97% da sua capacidade.

As más notícias: não há uma fórmula exata no que respeita a durabilidade ou longevidade de uma bateria, de acordo com os especialistas, factores como os hábitos de carregamentos (rápidos ou em posto doméstico) e o perfil de condução têm um impacto muito importante, mas há outros: o clima, por exemplo, pode influenciar negativamente o envelhecimento da bateria.

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