Fogo destruiu pelo menos doze veículos da Tesla numa concessionária em França, causando prejuízos estimados em 700 mil euros.
De acordo com as autoridades locais, oito dos carros ficaram completamente carbonizados, enquanto outros quatro sofreram danos parciais. O fogo, que ocorreu na noite de domingo, foi classificado como “nada acidental” pelo gabinete do procurador público de Toulouse, que suspeita de ato criminoso.
As investigações preliminares indicam que o incêndio teve pelo menos três focos de origem distintos, o que reforça a tese de que se tratou de um ato de sabotagem. Curiosamente, o edifício da concessionária não foi afetado, sugerindo que os autores do ataque visaram especificamente os veículos. Entre os modelos destruídos estão vários Tesla Model Y e Model 3, alguns dos quais ficaram reduzidos a estruturas metálicas.
Este incidente surge num contexto de crescente tensão em torno da Tesla e do seu CEO, Elon Musk. Nos últimos meses, têm surgido protestos e atos de vandalismo contra a empresa em várias partes do mundo. Na Alemanha, por exemplo, manifestantes projetaram a palavra “Heil” na fábrica da Tesla em Berlim, enquanto nos Estados Unidos e no Reino Unido foram registados protestos em frente a concessionárias da marca.
Apesar da gravidade do incidente, nem a Tesla nem Elon Musk se pronunciaram publicamente sobre o assunto. A empresa limitou-se, até agora, a reiterar a sua intenção de processar os responsáveis por atos de vandalismo contra as suas infraestruturas, como postos de carregamento.
Enquanto isso, as vendas da Tesla na Europa continuam a cair. Nos primeiros dois meses de 2025, a marca registou quedas significativas em vários mercados, incluindo França (45%), Noruega (45%) e Suécia (42%). Na Dinamarca, a queda foi ainda mais acentuada, com uma redução de 48% apenas em fevereiro.
As autoridades francesas continuam a investigar o caso, mas ainda não foram divulgadas informações sobre possíveis suspeitos. O incidente levanta questões sobre a segurança das instalações da Tesla e o impacto que estes atos podem ter na imagem da empresa, já sob pressão devido ao declínio nas vendas e ao aumento dos protestos.