As autoridades alertam os condutores para os detalhes da chamada “Regra dos 7”, que define a margem de tolerância dos radares de velocidade em Portugal. Apesar de ser amplamente conhecida, muitos motoristas ainda desconhecem como esta regra é aplicada na prática, levando a multas inesperadas.
Como funciona a tolerância dos radares
De acordo com a legislação em vigor, os radares — sejam fixos, móveis ou de velocidade média — têm uma margem de erro calculada com base na “Regra dos 7”. Esta estabelece que:
-Em vias com limite inferior a 100 km/h, a tolerância é de 7 km/h.
Exemplo: Num local com velocidade máxima de 50 km/h, o radar só multa a partir de 58 km/h.
-Em vias com limite igual ou superior a 100 km/h, aplica-se 7% de tolerância.
Exemplo: Se o limite for 120 km/h, o radar dispara a partir de 128,4 km/h.
No entanto, as autoridades alertam que muitos condutores interpretam mal esta regra, assumindo que podem circular sempre dentro desta margem sem risco. “A tolerância existe para compensar possíveis erros de medição, não para encorajar o excesso de velocidade”, explica fonte da segurança rodoviária.
Com o avanço da tecnologia, alguns países europeus já reduziram a margem de erro dos radares. Em Portugal, discute-se se a “Regra dos 7” deverá ser revista, especialmente em zonas urbanas, onde o excesso de velocidade tem consequências mais graves.