Caixa manual em vias de extinção: número de modelos disponíveis caiu 57% em 10 anos. E um estudo no Reino Unido prevê o desaparecimento total até 2037…!
Os condutores que preferem mudanças manuais estão a ficar sem opções. Um estudo recente revela que, na última década, o número de modelos disponíveis com caixa manual caiu a pique. E, se o ritmo atual se mantiver, dentro de pouco mais de dez anos, já não haverá carros novos com três pedais à venda.
O Fim de Uma Era
A investigação, realizada pela CarGurus, analisou os 30 maiores fabricantes no mercado britânico e concluiu que, em 2015, havia 192 modelos com caixa manual. Número que baixou para 89 em 2024 (–25% face a 2023).
Em 2025, naquele mercado há apenas 82 opções com caixa manual, representando apenas 29% da oferta total.
Portugal Segue a Tendência?
Embora o estudo se centre no Reino Unido, Portugal acompanha a tendência global: marcas premium (como BMW e Audi) já só oferecem manuais em modelos de entrada; os carros elétricos, que não necessitam de caixa de velocidades, aceleram o declínio; e até marcas tradicionais, como a Ford, reduziram drasticamente a oferta.
E a verdade é que, enquanto os condutores mais puristas lamentam o desaparecimento das manuais, a realidade é que 87% dos carros novos vendidos em 2024 já eram automáticos ou híbridos/elétricos (dados ACAP).
Quem Ainda Resiste?
A Volkswagen lidera a resistência, com 7 modelos disponíveis com mudanças manuais (como o Golf e o Polo). Seguem-se Citroën e Ford (6 modelos cada) e, surpreendentemente, Dacia – que mantém 5 opções manuais, incluindo o popular Sandero.
“É o Fim do Prazer de Conduzir?”
Chris Knapman, da CarGurus, explica: “Com a ascensão dos elétricos e a procura por carros mais premium, a caixa automática deixou de ser um extra para se tornar standard. O prazer de trocar de mudança manualmente está a tornar-se uma experiência de nicho.”
O Futuro: Manuais só para colecionadores?
Algumas marcas, como a Porsche, já exploram “manuais digitais” em elétricos para simular a experiência. Mas, a menos que haja uma revolução, 2037 poderá marcar o fim definitivo do pedal da embraiagem.
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