Este Model S é oficialmente reconhecido pela Tesla como o veículo da marca com maior quilometragem registada. Mas…
O Tesla Model S, conduzido pelo alemão Hansjörg von Gemmingen desde 2014, continua a fazer história. Após atingir a impressionante marca de dois milhões de quilómetros, o veículo já acumula 2,3 milhões de quilómetros percorridos, consolidando-se como um dos carros elétricos com maior quilometragem do mundo.
O Tesla Model S é amplamente reconhecido como o primeiro veículo elétrico de grande volume e sucesso comercial. Lançado como o topo de gama, este modelo oferecia uma autonomia superior a 400 km, revolucionando a percepção dos consumidores sobre os carros elétricos.
O caso de von Gemmingen é particularmente emblemático, já que o seu Model S é oficialmente reconhecido pela Tesla como o veículo da marca com maior quilometragem registada.
Três baterias e 14 motores depois…
Atingir 2,3 milhões de quilómetros não foi tarefa fácil. O carro de von Gemmingen passou por três substituições de bateria: a primeira aos 668.000 km, a segunda aos 1.218.000 km e a terceira aos 1.700.000 km. Em média, as baterias duraram cerca de 500.000 km cada, um número que supera as expectativas iniciais para a durabilidade de baterias de veículos elétricos.
No entanto, o maior desafio foi a substituição frequente do motor. Ao longo dos anos, o proprietário teve de trocar o motor 14 vezes, embora a maioria das substituições tenha sido motivada por ruídos incomuns e não por falhas graves que comprometessem o desempenho do veículo. Von Gemmingen optou por reparar ou substituir os motores em oficinas externas, utilizando peças recondicionadas ou provenientes de veículos acidentados, uma prática que ajudou a reduzir custos.
Segredos para a longevidade
Hansjörg von Gemmingen partilhou alguns dos seus segredos para maximizar a vida útil do seu Tesla Model S. Em entrevista à revista alemã *Manager Magazin*, ele destacou a importância de manter a bateria entre 20% e 80% de carga, evitando carregamentos completos a 100%, exceto em viagens longas. Além disso, von Gemmingen enfatizou a necessidade de evitar acelerações bruscas, que geram calor excessivo e aceleram a degradação das células da bateria.
Na autoestrada, o condutor mantém uma velocidade constante entre 110 e 120 km/h, considerada ideal para a saúde da bateria. “Só ultrapasso os 130 km/h em situações muito específicas”, afirmou. Estas práticas, combinadas com uma manutenção cuidadosa, permitiram que o seu Tesla Model S continuasse a funcionar de forma eficiente mesmo após anos de uso intensivo.