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A Stellantis quer manter as suas marcas Autobianchi e Innocenti, mas afirma que respeitará as leis locais se estas permitirem que o Governo italiano assuma o controlo das duas empresas automóveis.

Em julho passado, um jornal italiano afirmou que o Governo poderia assumir o controlo das duas empresas após a aprovação, em dezembro, de uma lei que lhe permitiria obter marcas históricas que não fossem utilizadas há pelo menos cinco anos. A ideia é que as autoridades italianas possam oferecer estes nomes a empresas chinesas , na esperança de as encorajar a instalar fábricas no país. Carlos Tavares, Diretor-Geral da Stellantis, foi recentemente questionado sobre este assunto durante um encontro com a imprensa.

Tavares confirmou que, se puder, o conglomerado tentará manter as duas marcas. “Sejam quais forem as leis, nós respeitaremos as leis”, disse ele. “Se não for a lei, então tentaremos proteger os nossos interesses”, acrescentou.
A Autobianchi foi fundada em 1955 antes de ser adquirida pela Fiat em 1968. Produziu automóveis como o A112 e o Y10, mas terminou a sua produção em 1995, altura em que se fundiu com a Lancia. A Innocenti começou a produzir automóveis em 1960 e chegou mesmo a produzir uma versão italiana do Mini.

Foi adquirida pela Fiat em 1980 e cessou oficialmente a produção na década de 1990. De acordo com a Auto News, a Stellantis nunca foi informada da alegada proposta do governo italiano para adquirir os dois fabricantes de automóveis extintos. A Europa acelera a sua batalha contra a China votando a favor de tarifas de 45% sobre os produtos elétricos chineses: “A concorrência estatal da China é uma ameaça para a UE”.

Durante o mesmo evento para a imprensa, Tavares referiu que a Stellantis já tem 15 marcas e afirmou: “Penso que temos o suficiente”, acrescentando: “Temos muito em que pensar e vamos gerir o nosso negócio da melhor forma possível”. O Governo italiano e a Stellantis estão em desacordo há vários meses. O Stellantis prometeu aumentar a produção local para um milhão de veículos por ano, mas a sua produção local está a diminuir e poderá terminar 2024 com apenas 500.000 veículos fabricados em Itália, menos 25% do que no ano passado.

A Autobianchi e a Innocenti são dois nomes fundamentais da história do automóvel italiano, marcados pela sua capacidade de inovação e pela sua concentração em veículos pequenos e compactos, mas com um grande impacto na indústria

 

 

Ricardo Carvalho

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