Proposto com três lugares com o condutor ao centro, como no McLaren F1, e com 1.000 CV de potência elétrica, o super desportivo com tração integral foi concebido para oferecer uma experiência de condução imersiva.
A apoiá-lo estão ainda numerosos elementos ativos, especialmente sob o pára-choques frontal e na asa traseira, regulável segundo o modo de condução, para reduzir o atrito e aumentar a força descendente. É difícil não ficar impressionado com o Lotus Theory mas não será tanto pelas suas dimensões “contidas”, como comprovam os quase 4,50 metros de comprimento por dois de largura.
Os 1,14 metros que tem de altura “colam-no” literalmente ao alcatrão, uma visão que sai reforçada pelas linhas muito esculpidas para conseguir uma aerodinâmica perfeita. A área frontal distingue-se pelas óticas ultrafinas integradas num capô curto “mergulhante” ladeado pelas enormes cavas para rodas de 20 polegadas, com as traseiras a serem de 21.
Um divisor nada discreto direciona o fluxo de ar, num desenho muito aerodinâmico reforçado pelo para-brisas em forma de bolha, e com a traseira muito maciça a ser decorada com um grande difusor. A aerodinâmica ativa é composta por diversos elementos móveis, principalmente sob o para-choques frontal, enquanto a asa traseira regula-se de forma automática segundo o modo de condução escolhido.
Os dois propulsores e a bateria passam a ser estruturais no chassis por direito próprio, de maneira a conseguir uma maior rigidez do conjunto e manter o peso abaixo dos 1.600 quilos. Oferecer ao condutor e aos dois “penduras” que o ladeiam uma experiência de condução personalizada é a ambição do Lotuswear implementado no Theory 1. A solução num tecido robótico adaptável inclui sensores nos elementos que estão em contacto constante com os ocupantes, como acontece com os revestimentos do volante e dos bancos.
A partir dos estímulos que recebe deles, assim como o tipo de condução praticada – Range, Tour, Sport, Track e Individual –, levam o Lotuswear a insuflar cápsulas em tempo real para dar mais apoio e aderência.
Essas pulsações no lado direito ou esquerdo do volante indicam a direcção da próxima curva e assinalam quando o condutor deve virar.
Os encostos de cabeça dos três bancos adoptam uma estrutura ultraleve impressa em 3D que encerra um sistema de áudio capaz de separar os canais de som. O sistema permite escolher atmosferas sonoras individuais para melhorar o som da música, aumentar a sensação de velocidade ou, pelo contrário, eliminar o ruído envolvente.
A interação entre o interior e o exterior é assegurada por ecrãs OLED com dados sobre o comportamento do super desportivo e transmitem dados aos restantes utilizadores para prevenir incidentes rodoviários.
Na sua base está a plataforma Nvidia Drive, que recebe informações sobre a condução autónoma através de quatro LiDAR, seis câmaras de alta resolução, sensores milimétricos e radares ultra-sónicos.
Capaz de detetar obstáculos até 200 metros, o sistema alerta o condutor sobre a necessidade de travar ou virar através de luzes, gráficos no pára-brisas ou mesmo no ecrã ao centro do volante.
Uma combinação perfeita neste Theory 1 são as especificações técnicas de alto desempenho com o seu visual atlético mas muito elegante.
A confirmar a tracção integral estão os dois propulsores elétricos capazes de lançá-lo dos zero aos 100 km/hora em apenas 2,5 segundos, para uma velocidade de ponta de 320 km/hora.
Para alcançar este feito num super desportivo com 1.600 quilos está a sua conceção num monocasco em fibra de carbono, com a bateria de 70 kWh a dar uma autonomia teórica de 402 quilómetros. É apenas um dos dez materiais leves usados na sua conceção – fibra de vidro à base de celulose, titânio, vidro, poliéster, borracha, poliuretano, policarbonato transparente e alumínio – sendo todos reciclados e recicláveis.