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A Jaguar está a passar por algumas mudanças. No início deste ano, o fabricante de automóveis britânico afirmou que iria eliminar a maior parte da sua gama atual antes da sua transição para a construção exclusiva de veículos elétricos até 2025.

Faz parte da estratégia “Reimagine” que a JLR iniciou há mais de três anos e que ainda não produziu quaisquer automóveis novos para a marca Jaguar, o que o seu chefe afirmou ter sido “extremamente frustrante” numa entrevista concedida à Top Gear.

O diretor-geral da Jaguar, Rawdon Glover, disse à publicação que esta transição é uma “reinvenção completa da marca”, com o fabricante a querer subir de gama, limitar a produção e concentrar-se em três veículos apenas. Isso já é bastante trabalho por si só, mas a Jaguar também está a mudar para construir veículos elétricos.

Tudo isto trouxe muitos desafios, já que novos produtos levam tempo para serem desenvolvidos. Os veículos elétricos não são como os veículos de combustão que a empresa tem vindo a construir há décadas. Glover disse que a Jaguar precisa de “um conjunto completo de serviços para veículos elétricos”, o que é especialmente verdadeiro para uma marca que está a tentar ganhar mais dinheiro vendendo menos modelos e mais caros.
No final deste ano, veremos pela primeira vez o novo rumo da marca, um GT elétrico de quatro portas que supostamente custará mais de 100.000 libras. Será montado na nova Plataforma Eletrificada Jaguar, a mesma dos dois SUV elétricos que serão lançados em breve.

O novo carro GT da Jaguar é o primeiro grande passo da marca para o mercado ainda mais premium. Este automóvel (espera a empresa) ajudará a elevar a Jaguar ao estatuto da Porsche e da Bentley, numa altura em que o interesse dos consumidores, mesmo no segmento superior do mercado, está a arrefecer em relação aos veículos elétricos.

Ricardo Carvalho

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