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“Temos que construir o que o cliente quer comprar”. Por isso, o V12 a gasolina fica, e sem híbrido ou elétrico!

Sem rodeios, como é seu hábito, Horacio Pagani, fundador da Pagani Automobili S.p.A., uma das fabricantes italianas superdesportivos mais exclusiva em todo o mundo, com sede em San Cesario sul Panaro, na região da Emília-Romanha, província de Modena, meca dos hipercarros, garante que o cliente deste tipo de modelos não está interessado em híbridos ou elétricos.

Afirma-o com conhecimento de causa. Foi dele a luz verde para o desenvolvimento de sucessor para o mítico Pagani Huayra com um híbrido V8 biturbo. Que não chegou a ver a luz do dia.

No lançamento, em setembro de 2022, o Pagani Utopia era apresentado com um V12 biturbo de 6,0 litros a debitar 852 CV de potência, sem eletrificação!

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“O V8 híbrido foi pensado, mas o carro era muito pesado, 400 ou 500 quilos a mais, e nossos clientes não queriam ter nada a ver com isso. Temos que construir o que o cliente vai comprar”, disse Horacio Pagani em estrevista ao THE DRIVE. “Em 2017, construímos uma equipa para trabalhar num EV. Toda a equipa estava focada e entusiasmada – inclusive eu – e definimos o conceito deste carro e começamos a trabalhar com a Mercedes-AMG e outros parceiros. Começámos até a trabalhar com a Lucid, que possui excelente tecnologia no mundo dos elétricos. Mas foi isso que aconteceu: os clientes não estavam interessados”, acrescentou.

O empresário e engenheiro argentino radicado na Itália foi ainda mais longe, ao afirmar que “ninguém está interessado num carro híbrido”. “E tenho híbridos na minha coleção; tenho um Porsche 918 e mais alguns. Mas sempre que chega a hora de dar uma volta com um Porsche, levo o meu 911R ou o Carrera GT”, concluiu.

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