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Apesar do seu prestígio, a estrela que brilha na extremidade do capô não é suficiente para vender o número de Mercedes elétricos que justifique o enorme investimento necessário para desenvolver uma nova arquitetura específica para os grandes automóveis elétricos, no formato dos atuais Classe E e Classe S.

Em vez de criar uma arquitetura completamente nova para os novos modelos a lançar a partir de 2028, o construtor sediado em Estugarda prefere aperfeiçoar a atual plataforma EVA2, sabendo que a marca continuará a desenvolver veículos movidos a combustão para além de 2030, ou seja, mais tempo do que o anteriormente anunciado.


Em termos práticos, este anúncio da Mercedes-Benz vem juntar-se aos da Ford e de outras marcas, que estão simplesmente a conformar-se com o mercado. Com as vendas de automóveis elétricos menos dinâmicas do que o esperado, os construtores apercebem-se de que apostar na eletrificação da maior parte ou da totalidade da sua gama é um risco demasiado grande. Oficialmente, a Mercedes declarou que “o ritmo da transformação será determinado pelas condições do mercado e pelos desejos dos nossos clientes”. A famosa lei da oferta e da procura…

A fraqueza das vendas de automóveis elétricos está a ter um grande impacto nas finanças dos construtores, e a Mercedes não é exceção. Com 3,86 mil milhões de euros de investimento, a Mercedes registou uma quebra de 30% nos lucros (antes de impostos e juros) no primeiro trimestre de 2024.

Ricardo Carvalho

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