Aparelho que bloqueia o veículo se detectar que o seu condutor está alcoolizado. Como e onde será usado?
De acordo com as autoridades, o condutor consumidor regular de álcool, ou mesmo com dependência do seu consumo, não perde este hábito pelo simples facto de estar impedido de conduzir por seis meses ou um ano.
Por outro lado, é sabido que os longos períodos de inibição de conduzir impostos aos condutores potenciam o exercício de condução sem carta.
Assim, corrigir os hábitos destes condutores orienta-se mais no sentido da prevenção e da terapêutica e reabilitação do que no sentido da punição com inibição de conduzir ou cassação da carta. Mas podem os sistemas como o Alcolock ter um papel importante na inibição da condução sob o efeito do álcool.
O que é?
Basicamente, é um sistema de controlo automático, que solicita ao condutor que sopre no dispositivo antes de iniciar a condução. Estando ligado ao sistema de ignição do veículo, o dispositivo mede a taxa de álcool no sangue do condutor através do ar expirado, à semelhança de um alcoolímetro policial, sendo que a ignição apenas é desbloqueada se a taxa de álcool for inferior ao limite previsto por Lei (em Portugal, 0.2 g/l para os condutores em regime probatório, condutores de veículos de socorro ou serviço urgente, de transporte coletivo de crianças, de táxis, de pesados de passageiros e de mercadorias, de transporte de mercadorias perigosas; 0.5 g/l para os restantes condutores).
Quando será obrigatório?
Atualmente, a legislação comunitária estabelece que a pré-intaslação do sistema Alcolock (combina as palavras ‘alcohol’ e ‘interlock’: bloqueio), será obrigatório para veículos particulares a partir deste ano.
A norma não define uma data definitiva para que o seu uso seja obrigatório, mas a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) já está a estudar a sua instalação nos carros portugueses de condutores “reincidentes no crime de condução sob o efeito de álcool” e daqueles que “que foram apanhados pela primeira vez com uma elevada taxa de álcool”, disse António Avenoso, diretor executivo do Conselho Europeu para a Segurança dos Transportes (ETSC).
De salientar, por exemplo que a vizinha França já exige alcoolocks em todos os pesados de passageiros.