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O novo Range Rover consegue fazer aquilo que tantas vezes parece impossível: respeitar a identidade e acrescentar requinte e modernidade. Os motores a combustão estão mais potentes e os híbridos com maior autonomia. A variante exclusivamente elétrica chegará em 2024.

Elegância. Sofisticação. Requinte. Tecnologia. Modernidade. Luxo. Potência. Estas poderão ser algumas das expressões associadas ao novo Range Rover, o icónico modelo da Land Rover que, desde 1970, é a referência maior quando se fala de veículos todo-o-terreno de luxo.

 

Disponível nas carroçarias SWB e LWB, o novo Range Rover terá pela primeira vez uma configuração de sete lugares.

Mais de cinco décadas depois, o legado está bem vivo e não dá mostras de ficar por aqui, até pelas características desta quinta geração. Mais do que uma revolução — para quê fazer uma revolução quando aquilo que se tem é uma referência? — estamos perante uma evolução. Algo que fica, desde logo, percetível a nível estético. A silhueta deste SUV Premium mantém os traços de sempre, está lá o ADN Range Rover, mas o design é claramente mais vanguardista, mais limpo e aerodinâmico. Um automóvel do século XXI com o charme de um clássico intemporal.

Os novos híbridos plug-in (de 440 e 510 CV) disponibilizam uma autonomia elétrica a rondar os 100 km e emissões de CO2 inferiores a 18 g/km

A zona traseira é onde esse impacto é maior. Os farolins verticais estão integrados num único painel e permanecem ocultos até se acenderem, ao passo que a secção horizontal integra os restantes farolins funcionais, definindo assim a largura do veículo. Uma assinatura de luz que é uma espécie de “marca d’água” desta nova geração, deixando em evidência toda a nova filosofia modernista da marca. A parte dianteira também foi redesenhada e aparece com uma robustez reforçada, maximizada pelo design mais profundo da grelha e pelos inovadores faróis LED digitais de alta definição que permitem um alcance de até 500 metros (!).

Luxo interior

O requinte e o vanguardismo estendem-se até ao interior. A qualidade do habitáculo é marcada pelo design exclusivo e a escolha criteriosa dos materiais (com um grande nível de personalização), mas também pela tecnologia colocada ao serviço dos ocupantes. O sistema de infoentretenimento Pivi Pro dá o mote, surgindo aqui com o ecrã de maior dimensão de sempre, de 13,7’’.

Os gráficos são de alta resolução e pela primeira vez o ecrã central irá disponibilizar feedback tátil, tornando-o mais intuitivo e permitindo que os utilizadores recebam confirmação sem necessidade de olhar para o ecrã. Já os passageiros de trás dispõem de ecrãs táteis ajustáveis de 11,4’’ integrados nas costas dos bancos dianteiros. A vida a bordo é uma experiência quase imersiva, dando por vezes a sensação de se estar num hotel de luxo. O sistema de som Meridian de 1.600 W é mais um exemplo disso mesmo, com altifalantes de 20 W nos quatro apoios de cabeça principais. Tal como o sistema de cancelamento ativo do ruído da estrada de terceira geração, que monitoriza as vibrações das rodas, o ruído dos pneus e os sons do motor.

 

Nova plataforma, melhor desempenho

O design é fundamental no Range Rover, mas de pouco serviria se não estivesse assente numa robustez e dinâmica à prova de gostos. Algo que não só se mantém, como cresce exponencialmente, fruto da nova arquitetura modular longitudinal e flexível da Land Rover, a plataforma MLA-Flex. Composta em 80% por alumínio, oferece mais 50% de rigidez torsional e produz menos 24% de ruído que a antecessora.

Disponível nas carroçarias SWB e LWB (chassis curto e chassis longo, respetivamente), é também graças a esta flexibilidade da plataforma que, pela primeira vez, haverá uma configuração de sete lugares — a juntar às habituais configurações de quatro e cinco. A nível das motorizações, destaque para a cada vez maior aposta na eletrificação. Para 2024 está programada uma variante totalmente elétrica, mas a verdade é que, mesmo ainda sem esta versão disponível, esta é a gama mais eficiente de sempre, com soluções a gasolina, Diesel, mild hybrid e híbrida plug-in (PHEV).

O novo V8 biturbo a gasolina, com 530 CV e 750 Nm de binário, capaz de chegar dos 0 aos 100 km/h em 4,6 s e alcançar 250 km/h de velocidade máxima, é o expoente máximo em termos de performance, se bem que as atenções estejam cada vez mais centradas nas variantes híbridas, também elas cada vez mais evoluídas. Os híbridos plug-in (PHEV) estão disponíveis em duas versões (de 440 e 510 CV), que combinam o motor a gasolina Ingenium de seis cilindros em linha com uma unidade elétrica de 150 kW integrada no sistema de transmissão, ao qual se junta uma bateria de iões de lítio de 38,2 kWh. Na versão mais potente (P510e), a autonomia elétrica chega quase aos 100 quilómetros, sendo capaz de acelerar até aos 100 km/h em 5,6 segundos. A marca britânica fez as contas e garante que o cliente-tipo do Range Rover poderá realizar 75 % dos seus trajetos em modo exclusivamente elétrico, desde que os inicie com a carga completa. Destaque para os motores Mild Hybrid (MHEV) — disponíveis tanto a gasolina como a gasóleo — nomeadamente o Ingenium Diesel D350, com sistema elétrico de 48V, que recupera a energia normalmente desperdiçada na desaceleração e travagem para melhorar o consumo de combustível. A gama Range Rover é proposta a partir dos 140 625 €.

Marca regista 125 patentes

125, foi este o número de patentes que a Land Rover registou durante o processo de desenvolvimento do novo Range Rover. A prova, se dúvidas houvesse, de que é um veículo com tecnologia de ponta. Os engenheiros da marca utilizaram uma tecnologia de simulação derivada da competição automóvel para testar este veículo no mundo virtual da forma mais intensa e profunda de sempre. Para tal, completaram mais de 140.000 horas de análise computacional antes de iniciar as provas físicas.

 

 

Ricardo Carvalho

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